sexta-feira, 16 de julho de 2010

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Contrariando a idéia de que o amor tem linguagem única e universal, este livro vem demonstrar que as pessoas, sejam adultos ou crianças, tem diferentes maneiras de amar e serem amadas. Cada um a seu modo, fala uma linguagem diferente para expressar o que sente pelas outras pessoas. Qualidade de Tempo, Toque Físico, Receber Presentes, Formas de servir e Palavras e Afirmação. Além de descobrir qual sua linguagem, ao ler este livro você descobrirá como usá-la para um melhor relacionamento com a pessoa que você ama.

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É fácil fazer a leitura e localizar qualquer assunto seja do antigo ou novo testamento.



Você pode ainda imprimir qualquer trecho da Bíblia ou fazer tradução para outras línguas bastando copiar e colar o trecho que você precisar.
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Erudição, piedade e serviço. A vida de Matthew Henry pode ser sumariada nestas três palavras. Em seu monumental comentário das Sagradas Escrituras, mostra ele uma erudição singular, aprofundando-se no texto bíblico, logra trazer à tona os mais preciosos tesouros dos profetas e apóstolos de Nosso Senhor. Longe dele, porém, a erudição pela erudição; nele, a erudição revela-se na piedade de uma vida integralmente santificada ao serviço do Mestre.


Matthew Henry nasceu na Inglaterra em 18 de outubro de 1662. Sendo seu pai um ministro do Evangelho, infere-se haja Matthew entrado em contato com as Sagradas Escrituras ainda bastante tenro. Não precisamos discorrer acerca da austeridde do lar em que ele foi educado, nem sobre as regras que os meninos britânicos eram constrangidos a observar. Isso, porém, não o traumatizou; induzindo-o a uma vida de disciplina, correção e zelo.

Já separado para o ministério pastoral, o irmão Henry jamais descurou de suas obrigações. Insuspeitos depoimentos descrevem-no como um obreiro zeloso, santo, irrepreensível. É lembrado pelos contemporâneos como um pastor extremamente afetuoso.

Em 1704, põe-se a escrever o seu comentário das Sagradas Escrituras, em forma de Notas do Novo testamento. Nesta tarefa, consagra os útimos dez anos de sua vida. Ainda não vira a sua monumental obra publicada quando, em 1714, aprouve a Deus recolher o seu servo às mansões celestes.

Desde então, Matthew Henry tornou-se uma referência obrigatória no campo do comentário bíblico. Muitos são os eruditos que se debruçam sobre o exaustivo trabalho de Henry, a fim de abeberar de sua erudição e inconfundível devoção ao Senhor.

Esta obra, porém, não se destina apenas ao especialista nas Sagradas Escrituras. Matthew Henry destina-se a todo o povo de Deus. Sua linguagem, posto que erudita, é inteligível tanto ao acadêmico quanto àquele que não teve a oportunidade de circular pelas áreas da filologia bíblica.

Nossa sincera oração é que Deus faça surgir, através desta obra, um compromisso maior com a sua Palavra.

Reconhecido internacionalmente como o maior comentário bíblico devocional já escrito. O leitor encontrará um tesouro de inspiração e muitos desafios em cada uma de suas páginas.

Download http://www.4shared.com/file/78533843/9e7e4480/Matthew_Henry_-_Comentrio_Bblico_do_AT_1_-_Gnesis_a_Neemiasdoc.html
Atlas BÍBLICO

DOWNLOAD   EM VERDE
http://www.scribd.com/doc/2578965/Atlas-Didatico-da-Biblia

MAPA - Plano divino atraves dos seculos




sábado, 10 de julho de 2010

Multimídia Vídeos

Os melhores Videos nos links abaixo


Cafetorah.com
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A bíblia em 3 Minutos
http://www.youtube.com/profile?user=mp3minutos#grid/uploads
a bíblia em Foco
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=99028090&tid=5491143661598213984
Os 7 Milagres de Jesus
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=99028090&tid=5491136514772633440
Bíblia ilúmina
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http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=99028090&tid=5442863680809403660
Nosso tempo
http://www.youtube.com/profile?user=RefugioRecordsBr#g/u

O Mapa da Bíblia

Os professores de Escola Dominical e seminários têem à sua disposição um excelente recursos interativo para a utilização de mapas das terras bíblicas: o site BibleMap (http://www.biblemap.org/). É uma ferramenta construída com os recursos do Google Earth, a ferramenta da Google que trabalha com mapas e fotos de satélite, associada ao texto da Bíblia.
Funciona assim: você escolhe o texto bíblico, selecionando o livro e o capítulo na janela, e o mapa é apresentado, de forma interativa, exibindo a região relatada na passagem bíblia, com destaque para as cidades, que são apontadas no mapa.
Para facilitar a utilização do mapa é possível esconder ou exibir a janela do texto bíblico. Pode-se, também, clicar no indicador da cidade, para obter mais informações sobre a mesma.
A navegação acontece como no Google Earth, dando a possibilidade de arrastar a janela, para posicionar o mapa, aumentar ou diminur o zoom, utilizando o botão de rolagem do mouse, ou alternar a vizualização entre Mapa, foto do Satélite ou ambos (Híbrido).
http://www.helives.com/blog/media/ephesians-introduction/



Assista os melhores Videos da Bíblia
Neste link
http://www.abiblia.org/recursosVideo.asp
A Criação - Parte 1/2



Em Português - Duração: 00:10:03


José do Egito - Parte 3/3


Em Português - Duração: 00:05:45


José do Egito - Parte 2/3


Em Português - Duração: 00:08:38


José do Egito - Parte 1/3


Em Português - Duração: 00:09:38


A Criação - Parte 2/2


Em Português - Duração: 00:09:00


Lugares da paixão, em Jerusalém


Em Inglês - Duração: 00:09:46


Sobre Paulo II (Sulle orme di San Paolo II)


Em Italiano - Duração: 09:38


Sobre Paulo I (Sulle orme di San Paolo I)


Em Italiano - Duração: 09:12


Modelo de Jerusalém (66 c.C) no Museu de Israel


Em Inglês - Duração: 10:46


Do Tabernáculo até o Templo


Em Inglês - Duração: 7:18


Templo de Jerusalém em 3D


Em Inglês - Duração: 03:23


Jope


Em Português - Duração: 4:50


Deus fala e faz aliança com o seu povo


Em Português - Duração: 00:04:00


As diversas traduções dos textos bíblicos


Em Português - Duração: 00:04:00


A transmissão através do tempo


Em Português - Duração: 04:00:00


Antigo Testamento: Deus falou através dos profetas


Em Português - Duração: 00:00:04


Qumrãn - Local da descoberta dos manuscritos do Mar Morto


Em Português - Duração: 00:07:46


Ein Karem - Cidade de João Batista e da visitação de Maria


Em Português - Duração: 00:03:48


Jerusalem, Cidade de Davi 3.000 anos de Historia


Em Português - Duração: 00:08:06


Jericó


Em Português - Duração: 00:03:51


Belém - Gruta do Leite


Em Português - Duração: 00:05:00


Terra Santa 2008


Em Português - Duração: 00:04:03


Primavera em Israel


Em Português - Duração: 00:01:47


Oasis, Yenot Hatzukim - Ein Fashkhah


Em Português - Duração: 00:03:33


Monte Gilgal


Em Português - Duração: 00:00:33


Terra Santa


Em Português - Duração: 00:03:13


Yafo - Jaffa - Jope, Israel


Em Português - Duração: 00:05:53


Visões Panorâmicas da Terra Santa


Em Português - Duração: 00:02:07


O Bom Pastor


Em Português - Duração: 30/12/2007


O Mar Morto


Em Português - Duração: 00:01:30


Mar da Galiléia


Em Português - Duração: 00:02:41


Aijalon, onde o Sol parou


Em Português - Duração: 00:02:25


Massada


Em Português - Duração: 00:02:31


Jerusalém


Em Português - Duração: 00:08:08


Imagens do Mar da Galileia


Em Português - Duração: 00:02:12


Os últimos passos de Jesus em Jerusalém, parte III


Em Português - Duração: 00:10:37


Os últimos passos de Jesus em Jerusalém, parte II


Em Português - Duração: 00:07:56


Os últimos passos de Jesus em Jerusalém, Parte I


Em Português - Duração: 00:08:23


O lugar da Agonia, Getsêmani, o começo da Paixão!!!


Em Português - Duração: 00:05:58


A Bíblia


Em Português - Duração: 00:09:56


Basílica do Santo Sepulcro - Jerusalém


Em Português - Duração: 00:03:56


Cenáculo - Jerusalém


Em Português - Duração: 00:05:43


A beleza da Cultura Árabe na Terra Santa

Corsos Bíblicos



Persistência - chave para o ensino bíblico

Sala-padrão e lista de materiais e equipamentos

Faça uma auto-avaliação

Bases do Aprendizado Bíblico

Cursos Bíblicos

Curso para Líderes da EBD

Criatividade na EBD

Lista de estudos bíblicos disponíveis neste site

Livros Bíblicos Comentados
Gravuras para utilização como apoio às lições

Como preparar uma boa aula para crianças na EBD
Coros para classes de crianças na EBD
Fantoches
Estórias em Quadrinhos
Se você é um servo de Deus, faça um Pacto de Compromisso com Ele!
Mensagem aos Alunos - Aula Introdutória
Outros sites sobre a Escola Bíblica Dominical
Entre neste link e bons Estudos

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Doutrina de Deus


Doutrina de Deus ou Teontologia
5 . Figuras de linguagem na Bíblia

O que é uma figura de linguagem?

Na Bíblia encontramos exemplos de figuras de linguagem. Abaixo, alguns destes exemplos:





ANTÍTESE: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.



“A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.” Provérbios 18:21.





IRONIA: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.



”Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz!

(…)

De igual modo, os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele. Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus.” Mateus 27:39-44.





METÁFORA: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.



”Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.” Salmos 23:4.





“Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia; à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades.” Salmos 57:1.





CATACRESE: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.



“E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços.” Gênesis 2:10.





ANTONOMÁSIA OU PERÍFRASE: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade:



”Disse Deus a Moisés: EU Sou O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros.” Êxodo 3:14.



Quero chamar a atenção para a figura abaixo:





PROSOPOPÉIA OU PERSONIFICAÇÃO: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.



Parábola do Rico e Lázaro, em Lucas 16:19-31 (irei postar a seguir um texto sobre essa parábola).





“Foram, certa vez, as árvores ungir para si um rei e disseram à oliveira: Reina sobre nós.

Porém a oliveira lhes respondeu: Deixaria eu o meu óleo, que Deus e os homens em mim prezam, e iria pairar sobre as árvores?

Então, disseram as árvores à figueira: Vem tu e reina sobre nós.

Porém a figueira lhes respondeu: Deixaria eu a minha doçura, o meu bom fruto e iria pairar sobre as árvores?

Então, disseram as árvores à videira: Vem tu e reina sobre nós.

Porém a videira lhes respondeu: Deixaria eu o meu vinho, que agrada a Deus e aos homens, e iria pairar sobre as árvores?

Então, todas as árvores disseram ao espinheiro: Vem tu e reina sobre nós.

Respondeu o espinheiro às árvores: Se, deveras, me ungis rei sobre vós, vinde e refugiai-vos debaixo de minha sombra; mas, se não, saia do espinheiro fogo que consuma os cedros do Líbano.” Juízes 9: 8 a 15.

Por quê? Porque a palavra de Deus foi escrita para os simples, e absolutamente nenhuma passagem bíblica (mesmo as proféticas - simbólicas ou não) necessitam de conhecimento aprofundado das regras da gramática, na verdade, somente o espírito pode revelar as coisas de Deus, e em segundo lugar, os princípios usados em: parábolas (por comparação, com uma lição central, por profecias (símbolos, por decodificação na própria bíblia,) literais ( no seu máximo sentido). Mas nenhuma delas depende de qualquer regra de interpretação que fuja daquelas contidas na própria palavra de Deus. Se a figura de linguagem deve valer como regra neste texto, também deve ser aplicada nos outros, Paulo, inspirado por Deus, não registraria o que lhe foi revelado, incluindo aí uma regra de feitura humana que iria variar conforme a cultura de cada país, e que limitaria a compreensão de suas cartas (ainda que em parte) a uns poucos que entendessem de semântica ou qualquer outra coisa do gênero." (Ênfase Suprida) Rogério Buzzi.

Ao contrário do que diz o trecho acima, a Bíblia está repleta de figuras de linguagem, as quais precisam ser devidamente compreendidas para que o leitor não seja levado a concluir coisas que, de forma alguma, eram a intenção dos escritores sagrados. Para demonstrar isso, estão relacionados abaixo alguns exemplos de figuras de linguagem encontradas nas Escrituras.

Metáfora (comparação direta):

"O SENHOR é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte." Salmos 18:2.

"Porque o nosso Deus é fogo consumidor." Hebreus 12:29.

"Eu sou o pão da vida... Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que Eu darei pela vida do mundo é a Minha carne... Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu sangue, não tendes vida em vós mesmos." João 6:48, 51 e 53.

"De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem Me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida." João 8:12.

"Eu sou a porta. Se alguém entrar por Mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem." João 10:9.

"Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas... Eu sou o bom pastor; conheço as Minhas ovelhas, e elas Me conhecem a Mim." João 10:11 e 14.

"Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim." João 14:6.

"Eu sou a videira verdadeira, e Meu Pai é o agricultor... Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em Mim, e Eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer." João 15:1 e 5.

É lógico que Deus não é uma rocha, uma cidadela, um escudo ou um baluarte. Ele também não pode ser tido literalmente como fogo. Da mesma sorte, não era a intenção de Jesus que Seus ouvintes entendessem ser Ele literalmente um pão que desceu do céu ou que Seus seguidores tivessem realmente que se alimentar de Sua carne e de Seu sangue. É por não compreender a figura de linguagem envolvida nesse caso que os católicos romanos defendem a doutrina da transubstanciação. Jesus também não é uma porta, um caminho ou uma videira; muito menos são Seus discípulos ovelhas ou Seu Pai um agricultor. Todos esses exemplos são casos típicos e inequívocos de metáfora. Todas essas declarações devem ser entendidas como comparações. Por exemplo, os cristãos não são ovelhas literais, mas Deus cuida deles como o pastor vela por seu rebanho.

Hipérbole (exagero):

"Vendo Raquel que não dava filhos a Jacó, teve ciúmes de sua irmã e disse a Jacó: Dá-me filhos, senão morrerei." Gênesis 30:1.

Esse é um caso bem característico de hipérbole. Ora, Raquel não haveria de morrer por não ter filhos. Na verdade, bem ao contrário do que havia dito, foi ao dar à luz Benjamim que ela veio a falecer (Gênesis 35:16-20). Portanto, a declaração de Raquel só pode ser entendida através do recurso literário da hipérbole. Sua tristeza era tão grande por não ter conseguido engravidar que lhe provocava uma angústia semelhante à da morte.

Um exemplo bem claro de hipérbole pode ser encontrado em 1 Coríntios 13:2:

"Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei." 1 Coríntios 13:2.

Por mais conhecimento que uma pessoa tenha, não se pode dizer que ela saiba todas as coisas. "Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido." 1 Coríntios 13:12. Ora, se a visão atual das coisas é como por espelho, não seria correto afirmar que alguém já tenha atingido o pleno conhecimento. Em última análise, tal nunca se alcançará, pois é atributo incomunicável de Deus. Ocorre que Paulo está se servindo de uma hipérbole para enfatizar a excelência do amor. O mesmo acontece na segunda parte do verso, que fala da fé capaz de transportar montes. Por maior fé que alguém já tenha manifestado, não há registro de ninguém que tenha movido montes. O objetivo de Paulo era mostrar que mesmo a fé mais intensa precisa ser acompanhada do mais puro amor.

Esses são alguns exemplos encontrados na Bíblia, sem levar em conta outros estilos literários, tais como parábolas e profecias simbólicas, os quais nada tem a ver com "figuras de linguagem".

Diante disso, alguém poderia alegar que figuras de linguagem como a metáfora e a hipérbole são fáceis de se entender, o que não ocorre com a metonímia. Isso, no entanto, é uma falsa impressão, pois, na verdade, a metonímia é um recurso muito utilizado no dia a dia. Por exemplo, quando os adventistas dizem se reunir "para fazer o pôr-do-sol", está ocorrendo uma metonímia. É claro que os adventistas não fazem literalmente com que o sol desça para baixo do horizonte. O que se quer dizer é que eles celebram um culto à hora do pôr-do-sol; mas, devido ao dinamismo da língua, a palavra "culto" por vezes é omitida, estando claramente subentendida. Esse caso é deveras importante e muito semelhante ao de Colossenses. Lá, os "sacrifícios" é que são omitidos, mas, quando uma comparação cuidadosa é feita com todas as outras passagens do Antigo Testamento, percebe-se, sem dúvida alguma, que a referência é aos sacrifícios especiais oferecidos nos dias de festa, nas luas novas e nos sábados.

Figuras de Linguagem: Importantes para a Compreensão da Bíblia?

É verdade, porém, que o estudante da Bíblia não precisa conhecer necessariamente termos técnicos como "metáfora", "hipérbole" ou "metonímia". De fato, isso não é imprescindível. Mas, a idéia por detrás dessas palavras precisa ser compreendida. Doutra sorte, o leitor será obrigado a imaginar que precisamos literalmente comer a carne e beber o sangue de Cristo. Os termos técnicos não são imprescindíveis, mas as idéias por eles representadas são.

Além disso, é bom esclarecer alguns outros equívocos conceituais:

"Paulo, inspirado por Deus, não registraria o que lhe foi revelado, incluindo aí uma regra de feitura humana que iria variar conforme a cultura de cada país" (sic.).

É importante lembrar que a Bíblia não foi escrita em linguagem divina e, sim, na imperfeita linguagem humana. Sobre isso, declara a senhora White:

"A Escritura Sagrada aponta a Deus como seu autor; no entanto, foi escrita por mãos humanas, e no variado estilo de seus diferentes livros apresenta os característicos dos diversos escritores. As verdades reveladas são dadas por inspiração de Deus (II Tim. 3:16); acham-se, contudo, expressas em palavras de homens. O Ser infinito, por meio de Seu Santo Espírito, derramou luz no entendimento e coração de Seus servos. Deu sonhos e visões, símbolos e figuras; e aqueles a quem a verdade foi assim revelada, concretizaram os pensamentos em linguagem humana.

"Os Dez Mandamentos foram pronunciados pelo próprio Deus, e por Sua própria mão foram escritos. São de redação divina e não humana. Mas a Escritura Sagrada, com suas divinas verdades, expressas em linguagem de homens, apresenta uma união do divino com o humano...

"É assim que Deus Se agradou comunicar Sua verdade ao mundo por meio de agências humanas que Ele próprio, pelo Seu Espírito, faz idôneas para essa missão, dirigindo-lhes a mente no tocante ao que devem falar ou escrever. Os tesouros divinos são deste modo confiados a vasos terrestres sem contudo nada perderem de sua origem celestial. O testemunho nos é transmitido nas expressões imperfeitas de nossa linguagem, conservando todavia o seu caráter de testemunho de Deus, no qual o crente submisso descobre a virtude divina, superabundante em graça e verdade." O Grande Conflito, págs. 7-9.

Além disso, é importante destacar também que as figuras de linguagem não são um recuso privativo de uma língua específica, mas um fenômeno lingüístico presente em praticamente todos os idiomas. Por isso, independentemente dos termos que eram dados na época à metáfora ou à metonímia, tais fenômenos ocorriam naturalmente, assim como ocorrem hoje.

Quebrando a Linha de Raciocínio de Paulo.

"(...) assim, o texto de Colossenses está falando ...do comer... - obviamente aqui está inserindo também a lei levítica dos animais puros e impuros - ...do beber... - entram todas as bebidas não só alcoólicas mas também as "misturadas", ...dos dias de festa... (incluindo aqui todas as festas judaicas e obviamente todos os sábados festivos ou não, uma vez que complementa com ...ou dos sábados... e obviamente levando-nos ao verdadeiro dia de Deus, o sétimo dia, mas, em primeiro lugar apresenta um " ninguém vos julgue", o assunto aqui tratado não é se a lei está ou não em vigor, todos os cristãos de colossos sabiam muito bem da validade da lei, se havia algo em que todos os judeus sabiam falar era da lei, e todos aqueles que de alguma forma ouviram falar de judeus, ouviram da lei, assim como hoje, dificilmente encontramos alguém que não tenha ouvido falar da lei, a palavra chave é - ninguém vos JULGUE - primeiramente porque os judeus eram acostumados a julgar, tipo, quem não guardar o sábado está perdido, como se a revelação não deixasse claro que Deus tem os seus em outras igrejas que embora não guardem o sábado, fazem parte de seu povo, a questão aqui é que Paulo queria levar os colossenses a compreender que o único que pode julgar é Cristo, pois ele é o único que conhece os corações e apenas a ele foi dada a capacidade de julgar (...)". (sic.)

Embora essa interpretação pareça interessante, está claramente equivocada, pois quebra a lógica simples e direta do texto paulino. O problema é que a frase "ninguém, pois, vos julgue..." não está sendo dirigida a terceiros, mas aos próprios colossenses. Paulo não diz: "portanto, não julgueis...", mas, sim, "ninguém, pois, vos julgue...". Ou seja, no caso específico dessa passagem, não eram os colossenses que estavam julgando pessoas indiferentes às cerimônias dos judeus; eram os colossenses que estavam sendo perturbados por outras pessoas que insistiam na necessidade de praticar os antigos rituais judaicos. Paulo, escrevendo a eles, diz: "Não permitam que vocês sejam julgados por não estarem participando das ofertas de manjares, das libações e dos sacrifícios especiais dos dias de festas, das luas novas e dos sábados...". Não faria sentido ser de outra forma, pois como ficaria a sentença: "porque tudo isso tem sido sombra das cousas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo"? Se Paulo estivesse falando de coisas que ainda eram obrigatórias e se os próprios colossenses é que não estavam praticando tais coisas, seria ilógica a admoestação do apóstolo. Seria como se alguém abordasse um assassino e dissesse: "Ninguém o julgue se você é um assassino!".



Uma figura é meramente uma palavra ou frase colocada de forma diferente de seu emprego ou sentido original e simples.

Por que se utilizam figuras de linguagem?

As figuras de linguagem acrescentam cor e vida.

As figuras de linguagem chamam a atenção.

As figuras de linguagem tornam os conceitos abstratos ou intelectuais mais concretos.

As figuras de linguagem ficam mais bem registradas na memória.

As figuras de linguagem sintetizam uma idéia.

As figuras de linguagem estimulam a reflexão.



Como saber se uma expressão apresenta sentido figurado ou literal?

A palavra está em sentido figurado quando destoa do assunto ou quando difere dos fatos, da experiência ou da oservação.

Regras para identificar figuras de linguagem:

1. Adote sempre o sentido literal de uma passagem, a menos que haja boas razões para não fazê-lo (Ap 7.9).

2. O sentido é o figurado se o literal implicar uma impossibilidade (Jr 1.18).

3. O sentido é o figurado se o literal for absurdo (Is 55.2).

4. Adote sentido figurado se o literal sugerir imoralidade (Jo 6.53-58).

5. Repare se uma expressão figurada vem acompanhada de uma explicação literal (1 Ts 4.13-16).

6. Às vezes uma figura é ressaltada por um adjetivo qualificativo (Mt 6.14; Jo 6.32).



A linguagem figurada é o oposto da interpretação literal?

Não, apenas pode-se narrar um fato literal no sentido normal ou no estilo figurado.



Figuras de linguagem que encerram comparação

Figura Definição Exemplo Bíblico

Símile É uma comparação em que uma coisa lembra outra explicitamente (assim como, tal qual, tal como, como). “...toda carne é como a erva...” (1 Pe 1.24).

Metáfora É uma comparação em que um elemento é, imita ou representa outro (sendo que os dois são essencialmente diferentes). Os verbos “ser” e “estar” sempre são empregados. “Toda a carne é erva” (Is 40.6).

Hipocatástase Faz uma comparação em que a semelhança é indicada diretamente. “...Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21.17).





Figuras de linguagem que encerram substituição

Figura Definição Exemplo Bíblico

Metonímia Substituir uma palavra por outra. Causa em lugar do efeito: “...Vinde, firamo-lo com a língua...” (Jr 18.18).

O efeito em lugar da causa: “Eu te amo, ó Senhor, força minha” (Sl 18.1).

O objeto é empregado em lugar de outro semelhante: “Não podeis beber o cálice do Senhor...” (1 Co 10.21).

Sinédoque É a substituição da parte pelo todo ou do todo pela parte. “...os seus pés correm para o mal...” (Pv 1.16).

Merisma É um tipo de sinédoque em que a totalidade ou o todo é substituído por duas partes contrastantes ou opostas. “Sabes quando me assento e quando me levanto...” (Sl 139.2).

Hendíade É a substituição de um conceito por dois termos coordenados (ligados por “e”) em que um dos elementos define o outro. Quando os apóstolos falaram deste “ministério e apostolado”, estavam referindo-se a este “ministério apostólico” (At 1.25).

Personificação Atribuição de características ou ações humanas a objetos inanimados, a conceitos ou animais. “O deserto e a terra se alegrarão...” (Is 35.1).

Antropomorfismo Atribuição de qualidades ou ações humanas a Deus. “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos...” (Sl 8.3)

Antropopatia Atribui emoções humanas a Deus. “...Tenho grandes zelos de Sião” (Zc 8.2).

Zoomorfismo Atribui características de animais a Deus. [Deus] Cobrir-te-á com suas penas, sob suas asas estará seguro...” (Sl 91.4).

Apóstrofe Referência direta a um objeto como se fosse uma pessoa, ou a uma pessoa ausente ou imaginária como se estivesse presente. “Que tens, ó mar, que assim foges?...” (Sl 114.5).

Eufemismo Substituição de uma expressão desagradável ou injuriosa por outra inócua ou suave. “...os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem.” (1Ts 4.15)



Figuras de linguagem que encerram omissão ou supressão

Figura Definição Exemplo Bíblico

Elipse Omissão de uma palavra ou palavras cuja falta deixa incompleta a estrutura gramatical. “Os doze” representa “os doze apóstolos” (1 Co 15.5).

Zeugma Associação de dois substantivos a um mesmo verbo, quando pela lógica o verbo só pede um substantivo. “Sua boca se abriu e sua língua” (Tradução literal de Lucas 1.64).

Reticência Interrupção repentina do discurso, como se o orador não tivesse podido terminá-lo. “Por esta razão, eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo por amor de vós, os gentios...Certamente sabeis da dispensação da graça... (Ef 3.1, 2).

Pergunta retórica Não exige resposta; seu objetivo é forçar o leitor a respondê-la mentalmente e avaliar suas implicações. “Acaso para Deus há cousa demasiadamente difícil?... (Gn 18.14).



Figuras de linguagem que encerram exageros ou atenuações

Figura Definição Exemplo Bíblico

Hipérbole Afirmação exagerada em que se diz mais do que o significado literal com o objetivo de ênfase. “...as cidades são grandes e fortificadas até aos céus...” (Dt 1.28).

Litotes Frase suavizada ou negativa para expressar uma afirmação. É o oposto da hipérbole. “...Eu sou judeu, natural de Tarso, cidade não insignificante...” (At 21.39).

Ironia É uma forma de ridicularizar indiretamente sob a forma de elogio. “porque, sendo vós sensatos, de boa mente tolerais os insensatos” (2 Co 11.19). Essas palavras eram ridicularização e crítica.

Pleonasmo Repetição de palavras ou acréscimo de palavras semelhantes, que em nossa língua parecem redundantes. “Com o ouvir dos meu ouvidos ouvi” (Jó 42.5, ARC).



Figuras de linguagem que encerram incoerências

Figura Definição Exemplo Bíblico

Oxímoro Combinação de termos opostos ou contraditórios. “dores de parto da morte (grego literal de At 2.24).

“Sacrifícios vivos”. (Rm 12.1).

Paradoxo Afirmação aparentemente absurda ou contraditória ao bom senso. Não é uma contradição; é algo que parece ser o oposto do que em geral se sabe. “...quem perder a vida por causa de mim e do evangelho, salvá-la-á” (Mc 8.35).





Figuras de linguagem que encerram sonoridade

Figura Definição Exemplo Bíblico

Paronomásia Emprego das mesmas palavras ou de palavras de sons semelhantes para produzir sentidos diferentes. “...Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Mt 8.22).

Onomatopéia Palavra cuja pronúncia imita o som da coisa significada. O verbo lançar em Jó 9.26 é û no hebraico, cuja pronuncia é como o som da águia (ou do falcão peregrino) quando se lança sobre a presa a uma velocidade elevadíssima.



Como devemos interpretar as figuras de linguagem?

Descobrir se existe alguma figura de linguagem.

Descobrir a imagem e o objeto na figura de linguagem.

Especificar o elemento de comparação.

Não presumir que a figura sempre signifique a mesma coisa.

Sujeitar as figuras a limites ou controles legítimos por meio dos princípios da lógica e da comunicação.



Em que uma expressão idiomática se diferencia de uma figura de linguagem?

Expressão idiomática é “um encadeamento de palavras cujo sentido difere do significado que cada uma delas tem isoladamente”. Uma expressão idiomática em nosso país pode ter o significado completamente diferente em outra cultura. Ex: “Ele tem coração duro”. No Brasil significa uma pessoa indiferente, mas no dialeto shipibo do Peru significa que uma pessoa é valente.
7. ANTROPOMORFISMO

É tão difícil compreender Deus quanto compartilhar um sabor para alguém que nunca provou determinado prato ou fruto. Para ultrapassar essa barreira, Deus usou o antropomorfismo para se expressar (antropomorfismo: linguagem que usa a forma humana para explicar os atributos invisíveis de Deus). Por meio dessa linguagem, temos um antegosto do que conheceremos na eternidade: "Porque, agora, vemos como em espelho, em enigma; mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido" (l Co 13.12).
Deus possui atributos conhecidos por sua revelação: a Bíblia. Esses atributos devem ser compreendidos respeitando os limites de nossa linguagem e capacidade de entendimento. Talvez poderíamos ilustrar o grande abismo entre Deus e a humanidade comparando o homem e o animal. O animal tem algum instinto que reflete a qualidade humana do amor, como, por exemplo, o cuidado que os pássaros têm com seus filhotes. Contudo, a complexidade do amor humano é incomparável ao instinto dos animais. Semelhantemente, temos o atributo de justiça, mas quantas vezes falhamos em nossos julgamentos. Ainda que conheçamos os fatos, o nosso poder para analisá-los e para conhecer a complexidade do sentimento humano é limitado.
Deus possui atributos comunicáveis, isto é, que podem ser compartilhados com sua criação inteligente. Esses atributos são mais fáceis de entender quando temos algum conhecimento prático deles. Mas Deus possui ainda atributos incomunicáveis, ou seja, atributos que a criatura não tem ou não pode ter. Sendo assim, podemos compreender apenas superficialmente tais atributos. Por isso a nossa necessidade de estudarmos teologia.
A expressão mais profunda e paradoxalmente simples a respeito de Deus foi proferida por Jesus "Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" (Jo 4.24). Está envolvido nessa proposição o fato de que Deus é imaterial, ou seja, nenhuma das propriedades da matéria pode ser-lhe atribuída. Além disso, está posto que o ser humano pode interagir com Deus. Duas verdades que nortearão nosso terceiro estudo sobre Deus.
As religiões e filosofias pagãs têm feito afirmações sobre Deus que levam a conceitos extremos e não podemos cair nos erros extremistas do paganismo. Alguns afirmam que Deus é transcendental de tal magnitude que jamais poderemos conhecê-lo, ou que, por outro lado, está tão presente que Ele mesmo seja a matéria existente. O deísmo e o panteísmo são extremos opostos. O cristianismo concorda que Deus possui atributos que jamais poderemos experimentar, portanto, não o compreendemos. Contudo, sendo Ele (Deus) uma Pessoa, pode interagir com sua criação. Essas são as premissas de nosso estudo: se Deus é Espírito, então jamais poderíamos conhecê-lo mediante nossos próprios recursos, o que é a mais pura verdade. Contudo, o Senhor Deus se revelou a nós, e isso não pode ser negado, pois, para tanto, o Senhor Deus usou seus próprios recursos!

Antropomorfismo vem de duas palavras gregas: anthropos (homem) e morphe (forma). Portanto, um antropomorfismo é quando Deus aparece ou Se manifesta para nós em forma humana ou mesmo em características humanas atribuídas a Ele mesmo. Vemos isto por toda a Bíblia - e com razão assim. Apesar de tudo, não podemos ascender onde Deus está, mas Ele pode descender até onde estamos.

Mais abaixo estão uns poucos versos da Bíblia que atribuem a Deus ações, atributos e emoções humanas. Lembre-se, Deus opera conosco em nossa estrutura de tempo. Ele não tem permanecido somente na eternidade, mas também na história humana à medida que Ele se move através dela e através do e com o Seu povo para realizar a Sua vontade e o Seu propósito soberano. Devemos assumir, então, que Deus não Se relaciona conosco em termos familiares às nossas próprias ações? E não devemos assumir também que em assim fazendo Deus apresentará aspectos de Si mesmo a nós que serão paradoxais? Tome por exemplo o fato de que Deus é todo-poderoso (Jeremias 32:17,27 ), todavia, Ele descansa (Gênesis 2:2). Vemos que Deus está em todos os lugares (Salmos 139:7-12), todavia, Ele perguntou a Adão, "Onde estás?" (Gênesis 3:9). Vemos que Deus sabe todas as coisas (1 João 3:20). Todavia, vemos que Deus diz, "Agora sei que temes a Deus..." (Gênesis 22:12).



Se, como os "teístas abertos" querem asseverar, Deus não conhece todos os eventos futuros porque Ele diz, por exemplo, a Abraão, "Não estendas a mão sobre o mancebo, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, visto que não me negaste teu filho, o teu único filho" (Gênesis 22:12), então, não podemos asseverar também que, visto que Deus perguntou "Adão, onde estás?", Deus não está em todos os lugares, pois se Deus estivesse em todos os lugares Ele saberia exatamente onde Adão estava? Ou, se Deus descansa isto significa que Deus não é todo-poderoso? Certamente que não. O open theism simplesmente reduz o atributo da onisciência de Deus ao exaltar a condição da liberdade humana. Sempre que o homem é exaltado, Deus deve ser humilhado. Este é um problema fundamental no open theism: Ele eleva tanto a soberania do homem que as qualidades e os atributos de Deus devem ser rebaixados; em outras palavras, Deus não conhece todas as coisas.

Abaixo estão relacionados vários versos que demonstram a manifestação de Deus para nós em palavras humanas, como ações, emoções e corpo. Assim, podemos ver que tal condescendência da parte de Deus para conosco naturalmente resultará em Deus dizer coisas que requerem uma profunda examinação.



1. Ações humanas - mudança de opinião, lembrar, descansar

A. Êxodo 32:14, "Então o Senhor se arrependeu ["mudou sua opinião", em algumas versões] do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo."



B. 2 Samuel 24:16, "Ora, quando o anjo estendeu a mão sobre Jerusalém, para a destruir, o Senhor se arrependeu daquele mal; e disse ao anjo que fazia a destruição entre o povo: Basta; retira agora a tua mão".



C. Gênesis 9:16, “O arco estará nas nuvens, e olharei para ele a fim de me lembrar do pacto perpétuo entre Deus e todo ser vivente de toda a carne que está sobre a terra".



D. Gênesis 2:2, "Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera".

2. Emoções humanas - dor, ciúme, zelo, piedade, compaixão, arrependimento

A. Gênesis 6:6, "Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração".



B. Êxodo 20:5, "Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam".



C. Juízes 2:18, "...porquanto o Senhor se compadecia deles em razão do seu gemido por causa dos que os oprimiam e afligiam".



D. 1 Samuel 15:35, "Ora, Samuel nunca mais viu a Saul até o dia da sua morte, mas Samuel teve dó de Saul. E o Senhor se arrependeu de haver posto a Saul rei sobre Israel".



3. Corpo humano - mãos, face, boca, olhos, braço.

A. Êxodo 7:5, "E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando estender a Minha mão sobre o Egito, e tirar os filhos de Israel do meio deles".



B. Números 6:24, "O Senhor faça resplandecer o Seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti".



C. Salmos 33:6, "Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo sopro da Sua boca".



D. Salmos 34:15, "Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os Seus ouvidos atentos ao seu clamor".



E. Salmos 89:10, "Tu abateste a Raabe como se fora ferida de morte; com o teu braço poderoso espalhaste os teus inimigos".

Outras - Asas

Salmos 57:1, "Compadece-te de mim, ó Deus, compadece-te de mim, pois em ti se refugia a minha alma; à sombra das Tuas asas me refugiarei, até que passem as calamidades".

8 . COMO CONHECEREMOS DEUS?



Consideremos apenas alguns argumentos que corroboram com a existência de Deus, depois consideraremos as Escrituras, fonte incomparável do estudo teológico.



O argumento cosmológico. Afirma que tudo no universo físico teve uma causa, ainda que a evolução apresente uma fileira interminável de causas, certamente chegaremos a uma "causa primária", uma causa maior do que qualquer dos seus efeitos. Causa essa que originou tudo (Rm 11.35,36).



O argumento teleológico. Toda a imensidade do universo, toda a multiforme existência de vida na terra e toda a complexidade dos seres vivos, principalmente a do ser humano (sua inteligência e moralidade) apontam para um Criador e Sustentador de todas as coisas (Is 40.26; Jo 1.1-3; Cl 1.15,17).



O argumento moral. A moralidade está presente em todas as culturas e raças da humanidade. Se tirarmos seus referenciais supersticiosos, veremos na humanidade um princípio moral. O apóstolo Paulo escreveu: "Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os; no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho". (Rm 2.14-16).



O argumento da história. A história demonstra a evidência de uma providência dominante. As profecias bíblicas, a respeito de muitas nações, alcançaram cumprimento (Jeremias, Isaías, Ezequiel, Daniel e também os chamados Profetas Menores). A própria subsistência da nação de Israel aponta para a providência divina (Jr 1.10).





Argumento Ontológico: O homem tem a idéia de um ser absolutamente perfeito. Esta existência é um atributo de perfeição; portanto, um ser absolutamente perfeito tem que existir. Kant declarou que este argumento era insustentável; todavia, Hegel o aclamou com um grande argumento.
10 . AS ESCRITURAS REVELAM DEUS
Somente por meio da Bíblia teremos um conhecimento amplo e autenticado sobre Deus. As Escrituras ensinam que Deus tem atributos que chamamos de incomunicáveis: onisciência, onipresença e onipotência. Deus é também atemporal. Ainda que a criatura receba graça de Deus, e graça infinita, ela nunca alcançará a posição de Deus. Ainda que a criação (isto é, os seres que vivem segundo Deus) possa crescer infinitamente, ela nunca será Deus, e Deus nunca foi criatura.
Muitos homens são medidos pelo que escrevem. E é justamente por meio da Palavra de Deus escrita que encontraremos os atributos incomunicáveis de Deus (que pertencem somente a Ele) e seus atributos comunicáveis (atributos esses produzidos pelo Espírito de Deus naqueles que vivem diante dele).
20 . OS NOMES DE DEUS DIZEM-NOS QUE ELE É PESSOA
Antes de nos empenharmos na escolha de um nome para o filho que acaba de chegar, simplesmente por achá-lo bonito, ou por uma vaidade infundada, deveríamos nos perguntar: “Este nome 'poderá' honrar o Nome de Deus, Daquele que está dando a vida a esta criança?! Vale ressaltar que existem pessoas (inúmeras) que não são dignas sequer do nome que têm. O que desejamos com o levantamento abaixo listado é focalizar o nome quando atribuído a Deus e aprender sobre a importância deles para o nosso entendimento espiritual. Desejamos que pelos seus significados possamos compreender um pouco da grandeza do nosso Deus.

O nome, por uma questão lógica, “deveria” expressar a personalidade da pessoa que o detém, algo como um título, pois o significado do nome (se houver) “poderá” ser o reflexo do seu caráter, em particular (I Sm 25:25 e Mt 1:21). Em se tratando do “sobrenome”, este não era comumente usado nos tempos antigos, fato facilmente constatado nas Escrituras, que é o objeto do nosso foco. Nomes como “Abraão”, “Jacó”, “Ruth” seguiam o costume daqueles tempos de se fazer acrescentar algo que o distinguisse dos demais, a exemplo de José, um nome muito comum nos dias do Senhor Jesus, que profeticamente ficou conhecido como “Jesus de Nazaré” (Mt 2:23 e Lc 4:16), aludindo ao local onde fora criado; Paulo, antes da sua conversão, era conhecido como “Saulo de Tarso”; o primeiro homem criado por Deus, Adão, expressava o que era pelo significado do seu nome: “da terra, ou tirado da terra vermelha”, indicando a sua origem.

No livro do Apocalipse temos o seguinte verso:

“(...) e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe” (Ap 2:17).

São palavras que refletem a importância do nome para alguém que deseja honrar a Deus. Vejamos uma coletânea de nomes atribuídos a Deus dentro do contexto histórico das Escrituras.

NOMES GENÉRICOS

Segundo os dicionários, genérico é tudo aquilo que é tratado de forma generalizada, não sendo peculiar ou específico a uma única coisa. Tais nomes podem ser usados tanto pelo Deus verdadeiro, como por falsos deuses, englobando ambos os gêneros, ou seja, masculino ou feminino. Dentro das Escrituras, temos:

Elohim (plural) e Eloah (singular): Fala de Deus tendo o Seu poder criativo e onipotência de forma intrínseca.

É o primeiro nome que surge nas Escrituras:

“No princípio criou Deus (Elohim) os céus e a terra” (Gn 1:1)

Elohim é citado 2.498 vezes e Eloah é citado 57 vezes. Desse total apenas 245 não se refere ao verdadeiro Deus de Israel. Esse substantivo vem do verbo hebraico Aláh (Alá, nome típico entre os Muçulmanos), significando “ser adorado, temido e reverenciado, ser excelente”.

El : Deus, como “Aquele que vai adiante ou inicia as coisas”.

Este nome é apresentado apenas no singular e num total de 250 vezes, sendo muitíssimo conhecido pelos povos de língua Semita. Pode ser usado como “deus” para divindades falsas, como também “Deus” para o verdadeiro Deus de Israel. Poucas vezes foi usado para significar “o poderoso”, mas apenas para homens e anjos. Normalmente aparece sozinho, mas foi combinado formando termos compostos com o sentido de deidade, ofício, natureza ou atributos do Deus verdadeiro.

El-Berit : Deus que faz pacto ou aliança (Gn 31:13, 35:1-3);

El-Elyon : Deus Altíssimo (Gn 14:17-20).

Elyon é um adjetivo que deriva do verbo hebraico Aláh sendo usado para coisas. Seu significado é: “subir, mais alto, mais elevado, superior”. É utilizado para referir-se a Deus e ganha o significado de “o excelente, o alto, o Deus glorioso”.

El-Ne‘eman : Deus de Graça e Misericórdia (Dt 7:9);

El-Nosse : Deus de Compaixão (Sl 99:8);

El-Olan : Deus Eterno, da Eternidade (Gn 21:33);

El-Qana : Deus Zeloso (Ex 20:5; 34:14);

El-Ro‘i : Deus da Vista (Gn 16:13);

El-Sale‘i : Deus é Minha Rocha, o Meu Refúgio (Sl 42:9-10).

NOMES ESPECÍFICOS

Totalmente contrário aos genéricos, os nomes específicos de Deus são utilizados nas Escrituras para o único Deus verdadeiro, jamais sendo utilizados para outras divindades.

Shadday : Todo-Poderoso

Tanto pode aparecer sozinho (Gn 49:24 - Em Jó é citado 31 vezes), como utilizando “El” para obter a forma composta El-Shadday que tem o significado de “Deus Todo-Poderoso” (Gn 17:7; 28:3; 35:11; 43:14; 48:3; Ex 6:3 e Ez 10:5). Encontramos na Vulgata Latina sua tradução por Omnipotens, e na Septuaginta como Pantokrator.

Adonay : Senhor

Passaram a utilizar Adonay em serviços religiosos e há’Shem para conversas informais devido à Lei explícita:

“Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão” (Ex 20:7) e, “E aquele que blasfemar o nome do Senhor, certamente será morto; toda a congregação certamente o apedrejará. Tanto o estrangeiro como o natural, que blasfemar o nome do Senhor, será morto” (Lv 24:16).

Nunca o tetragrama YHWH

YHWH : Senhor

Muitos textos são publicados seguindo um “ciclo vicioso de cópia” sem a preocupação básica de resguardar qual seja realmente a forma correta de se escrever o nome de Deus. A única forma de “determinar” prende-se necessariamente aos manuscritos e a versões fidedignas aos textos originais. Quanto à pronúncia correta, não há como determinar como os judeus pronunciavam. Na verdade, tornou-se um nome impronunciável pelos hebreus desde o período intertestamentário, pois, conforme ordem divina proibia-se tomar o nome do Senhor (YHWH) em vão. Assim temiam, e ainda temem pronunciar o tetragrama. Em seu lugar, substituem-no por Adonai (Senhor) ou “O Nome” ou “há’Shem" em suas conversas informais usando o idioma hebraico.

O “Tetragrama Sagrado" é escrito apenas por quatro consoantes: yod, he, vav, he (o alfabeto hebraico não possuía vogal). YHWH é citado 5321 vezes, sendo dos textos mais antigos a origem dos livros do Velho Testamento. Muitos cristãos fazem uso da pronúncia JEHOVAH (Jeová) para o tetragrama YHWH. Não podemos dizer que o nome Jeová seja a forma incorreta ou correta de pronúncia, mas é a mais aceitável. Os mais “catedráticos” consideram como forma correta pronunciar YAHWEH (Iavé - Javé) ou então YAHWO (Iavô).

NOMES COMPOSTOS

Utilizados para revelar aspectos a mais do caráter de Deus; mais alguns adjetivos de Deus.

YHWH Elohim : Criador de todas as coisas;

YHWH Jireh : O Senhor proverá – Deus proverá.

Foi o que disse Abraão a Isaque sendo interrogado por ele quanto ao cordeiro para ser sacrificado:

“Respondeu Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. E os dois iam caminhando juntos” (Gn 22:8).

Também foi o nome que deu Abraão após a providência do Senhor para aquele sacrifício, não tendo ele que sacrificar Isaque, seu filho:

“Pelo que chamou Abraão àquele lugar Jeová-Jiré; donde se diz até o dia de hoje: No monte do Senhor se proverá” (Gn 22:14).

E tal como aconteceu com Abraão, também Deus proveu para nós, pecadores, um Cordeiro, Jesus! (Jo 1:29).

YHWH Rafa : O Senhor Que Te Sara (Ex 15-26);

YHWH Nissi : O Senhor é a Minha Bandeira. Moisés assim chamou o altar que edificou (Ex 17:15);

YHWH Shalom : O Senhor é Paz (Jz 6:24).

Hoje pregamos ao mundo a Paz que é o Senhor; a Paz que só o Senhor pode trazer aos corações aflitos. Foi o nome dado por Gideão ao altar que edificou.

YHWH Raah : O Senhor é o Meu Pastor (Sl 23:1).

Acredito que não haja quem não conheça essa passagem nas Escrituras. Mas, para podermos clarear nossa mente vamos ao Salmo escrito por Davi “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará”.

E como é bom saber que o nosso Pastor é o Senhor; Quão bom é saber que à frente das nossas veredas segue o Senhor tirando os espinhos, e, melhor ainda; quão bom é saber que as veredas eternas prometidas pelo Senhor são maravilhosas.

YHWH Tsidikenu : Senhor Justiça Nossa (Jr 23:6).

Jeremias profetizando a respeito de Judá disse: “Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este é o nome de que será chamado: O Senhor Justiça Nossa”.

YHWH Sabaoth : O Senhor dos Exércitos (Sl 24:10).

Todo exército tem um General; ele cuida, ele dá ordens, ele vai adiante dos seus soldados, e nós temos ao Senhor dos Exércitos que comando miríades de anjos celestiais que estão sempre ao redor e à disposição daqueles que O buscam.

YHWH Shammah : O Senhor Está Ali (Ez 48:35).

A divisão das tribos. “Dezoito mil côvados terá ao redor; e o nome da cidade desde aquele dia será Jeová- Shammah”.

NOVO TESTAMENTO

A Septuaginta foi a primeira tradução Bíblica hebraica para o grego, isso porque havia uma clima de desacordo entre os Judeus e os gregos. Os Judeus sempre foram monoteístas, mas os gregos existiam vários deuses. O Panteão grego, que, etimologicamente, deriva de pan (todo) e theos (deus), literalmente significando o templo dedicado a todos os deuses. Aristóteles, o filósofo, para demonstra a fragilidade da religião grega, afirmou: "O homem fez os deuses à sua semelhança e lhes deu seus costumes".

É devido a Septuaginta que notamos a demonstração de zelo pela sua religião, e, é por meio dela que descobrimos os equivalentes gregos dos nomes usados para Deus no Antigo Testamento, como El, Elohim, Eluon e YAWH.

Theos : Deus

O nome mais comum utilizado no Novo Testamento é Theos. Assim como as palavras hebraicas El, Elohim, Eloah no Antigo Testamento, Theos no Novo Testamento pode significar "Deus" ou "deuses".

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus (Theos), e o Verbo era Deus (Theos)" (Jo 1:1).

Kurios : Senhor

Podemos notar que no Novo Testamento a tradução na Septuaginta de ambas as palavras Adonai e do nome impronunciável YHWH foi pela palavra grega Kurios (Kuriov), que significa "Senhor". Kurios/Adonai traz a idéia básica da soberania de Deus, da suprema posição do Criador, em todo o Universo que criou. E mais, tanto o Pai (Deus) como o Filho (Jesus) são chamados pelo termo grego Kurios.

"E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos" (Ap 11:15).

"... e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor (Kurios) para glória de Deus Pai (Pater)" (Fp 2:11).

"Portanto vos quero fazer compreender que ninguém, falando pelo Espírito de Deus, diz: Jesus é anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! (Kurios) senão pelo Espírito Santo" (I Cor 12:3).

Pater : Pai

"Portanto, orai vós deste modo: Pai (Pater) nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome" (Mt 6:9).

O Cristão fala de muitos privilégios, mas acredito que o maior deles seria chamar ao nosso grandioso Deus de Pai, o "Pai Celestial". Sabe por quê? Os judeus afirmam que Deus jamais teve um filho, portanto não reconhece Cristo como o Unigênito de Deus. O islamismo rejeita a idéia de Deus ser Pai. A grande diferença entre as três grandes religiões monoteístas, que torna um privilégio único, é que somente nós os cristãos, ou seja, o cristianismo é que mantém um relacionamento de Pai para filho com seu Deus.

Algumas Particularidades Bíblicas

O nome Jesus vem do hebraico (Yehoshua). "Josué", que significa "Iavé é salvação", era chamado de Oshea ben Num, que significa "Oséias filho de Num", podemos comprovar pela Palavra de Deus "Da tribo de Efraim, Oséias, filho de Num" (Nm 13:8).

A Septuaginta (tradução grega do Velho Testamento) usou o nome Iesus para Yehoshua; Portanto Iesus é a forma grega do nome Yehoshua.

Depois do cativeiro de Babilônia, o nome Yehoshua era conhecido por Yeshua. "E toda a congregação dos que voltaram do cativeiro fizeram cabanas, e habitaram nas cabanas, porque nunca fizeram assim os filhos de Israel, desde os dias de Josué, filho de Num, até àquele dia; e houve mui grande alegria" (Ne 8:17).

Josué era chamado Yeshua ben Num. Yeshua é o nome hebraico para Jesus, até os dias de hoje em Israel. Isso pode ser comprovado em qualquer exemplar do Novo Testamento hebraico.

Sabemos que nome não se deve traduzir, mas sim transliterar conforme a natureza de cada língua. Por exemplo: Os nomes de Eva, David e outros que em nosso idioma levam a letra "v" em hebraico o "v" é substituído por "u", aparecendo nos textos como Eua e Dauid. A letra beta "b", na antiguidade, No grego moderno é "v". Hoje se escreve Dabid, para David, e Eba para Eva.

Ainda assim, existem nomes que permanecem inalteráveis em outras línguas, mas não em sua maioria. Por exemplo, o nome João, é Yohanan ou Yehohanan (decomposição Yeh, Yo, Yaho, contração de Yahweh, Javé (Deus) e Hanan (compadecer-se), tendo o sentido de Deus teve misericórdia, Deus se compadeceu na língua hebraica; Ioannes em grego; John em Inglês; Jean em francês; Giovani em italiano, Juan em espanhol, Johannes em alemão, e assim por diante, isso ocorre com vários nomes.

Há nomes que mudam substancialmente de um idioma para outro. Lázaro em grego é Eleazar em hebraico. Elizabete é a forma hebraica do nome Isabel. O argumento, portanto, de que o nome deve ser preservado na forma original, em todas as línguas, é contraditório não havendo assim muito apoio bíblico.

ADONAI SENHOR (=dono-controlador-provedor » KURIOS) MERECE OBEDIÊNCIA GN 24:3, 7,12; JS 5:14 (APLIC: ML 1:6; JO 13:13; DÁ-NOS PROVISÃO FP 4:19).

EL O PODEROSO E MAJESTOSO GN 1:1; SL 19:1

ELOHIM PLURAL DE “EL”, ALUDINDO À TRINDADE GN 1:1 (VERBO SINGULAR!)

EL ELION O PODEROSO ALTÍSSIMO, SUMAMENTE PODEROSO CUIDA DE TUDO, CUIDA PELOS FILHOS GN 14:22

EL OLAM O PODEROSO ETERNO NUNCA CANSA DE CUIDAR DOS SEUS IS 40:28-31

EL ROI O PODEROSO QUE VÊ Nunca esquece nem deixa de cuidar dos Seus Gn 16:13

EL SHADAI O TODO-PODEROSO CUIDA DOS SEUS, COMO MÃE A BEBÊZINHO SL 91:1; GN 17:1

YAHWEH (JEOVÁ) O ETERNO E AUTO-EXISTENTE (“EU SOU”) GN 2:4. O DEUS DO PACTO

JEOVÁ ELION O AUTO-EXISTENTE ALTÍSSIMO DEUS DOS DEUSES, EXALTADO, ELEVADO, TRANSCEDENTE SL 7:17;47:2

JEOVÁ JIRÉ O AUTO-EXISTENTE PROVERÁ GN 22:13-14. CORDEIRO SUBSTITUINDO ISAAC

JEOVÁ MIKADISKIM O AUTO-EXISTENTE VOS SANTIFICA EX 31:13. DÁ REMISSÃO, PRESERVA, SANTIFICA

JEOVÁ NISSI O AUTO-EXISTENTE NOSSA BANDEIRA CONDUZ, LIDERA, FAZ-NOS MAIS QUE VENCEDORES EX 17:15 (APLIC.: SL 20:7).

JEOVÁ RAA O AUTO-EXISTENTE MEU PASTOR SL 23:1 (SL 95:7). GUARDA, GUIA, NUTRE...

JEOVÁ ROPECA = JEOVÁ RAFA O AUTO-EXISTENTE NOS SARA EX 15:26. RECOSTURA

JEOVÁ SABAOTE O SENHOR DOS EXÉRCITOS 1 SM 1:3; IS 6:1-3. PODER E GOVERNO (HOMENS, ESTRELAS, ANJOS)

JEOVÁ SHALOM O AUTO-EXISTENTE NOSSA PAZ JZ 6:24. PAZ COM E DE DEUS...

JEOVÁ SHAMÁ O SENHOR ESTÁ PRESENTE EZ 48:35. PRESENÇA PESSOAL!

JEOVÁ TSIDEKENU O AUTO-EXISTENTE NOSSA JUSTIÇA JR 23:6 JUSTIÇA IMPUTADA (APLIC.: 1CO 1:30)

21 . ATRIBUTOS DE DEUS

Atributos de cada pessoa da trindade na bíblia:

Romanos 11.33-36
Podemos conceituar Deus? Podemos explicar o que Deus é em perfeição? Não podemos dissecar Deus como se faz a um cadáver e explicar todos os pormenores se Sua Pessoa. O finito não pode compreender o Infinito. Foi o que Paulo declarou em Romanos 11.33-36 “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”.

No entanto, dentro de nossa incapacidade, finitude e ignorância o próprio Deus nos mostra uma partícula de quem Ele é. Através de seus atributos – ou aquilo que Ele nos permite saber – podemos ter uma idéia de Sua Magna Pessoa.
Para que é importante conhecer os atributos de Deus? Quero dar quatro razões simples:
(1) Conhecendo os atributos de Deus saberemos um pouco quem Ele é, Seu caráter, pensamento e vontade;

(2) Conhecendo a Deus como Ele é podemos honrá-Lo como merece, prestando-lhe uma adoração bíblica;

(3) Estaremos mais preparados para fazer uma apologia da nossa fé e ficarmos imunes quando as distorções heréticas surgidas no presente século;

(4) Poderemos ajudar a tantos que estão incorrendo em erro grave abraçando as mais diversas heresias e distorções sobre a Pessoa de Deus.

O que é um atributo? ATRIBUTO: (do latim «attribuo») Propriedade inerente ao sujeito sem a qual este não pode existir nem ser concebido. Na filosofia Aristóteles distinguia entre atributo e acidente. Descartes considerava os atributos como propriedades fundamentais da substância. Spinoza entendia que a extensão e o pensamento são atributos da substância única. Segundo os materialistas franceses do século 18, são atributos da matéria à extensão e o movimento; alguns (Diderot, Robinet) incluíam, ainda, o pensamento.
Na teologia, Berkhof, por exemplo, diz que: “os atributos de Deus podem ser definidos como as perfeições que constituem predicativos do Ser Divino na Escritura, ou que são visivelmente exercidas por ele em Suas obras de criação, providência e redenção”. Embora prefira o termo “virtude” ou “perfeições” ao invés de atributos, pois acha que “atributo” pode transmitir a noção de se acrescentar algo ao Ser Divino. (Berkhof, 1994:54)
Existem, entre os teólogos, vários posicionamentos com respeito ao número de atributos de Deus. Alguns falam de atributos naturais e atributos morais, outros de atributos absolutos e relativos, outros de atributos imanentes ou intransitivos e emanentes ou transitivos. A mais comum é entre atributos comunicáveis e incomunicáveis. Não vamos seguir nenhum padrão pré-estabelecido, trataremos de forma geral sobre os atributos de Deus, no final estarei indicando alguns livros que podem auxiliar num estudo mais aprofundado sobre o tema.
Vejamos, agora, um resumo dos vários atributos relacionados nas Escrituras:

OS ATRIBUTOS DE DEUS PROPRIAMENTE DITOS

1 – SINGULARIDADE E SIMPLICIDADE: Deus não é composto de partes, pois toda composição implica imperfeição. O composto depende, necessariamente, dos elementos que o constituem. Deus é, portanto, perfeitamente simples. Um atributo não é mais importante do que outro; todos eles constituem o Ser de Deus. Deus é único no sentido de singularidade como também de simplicidade. Singularidade: Deus é único, numericamente um; há um só Deus. Simplicidade: Deus não está dividido em partes, pois Ele não é composto; entretanto seus atributos são enfatizados em momentos diferentes. Sendo infinitamente simples, Deus é infinitamente uno e indivisível. Mas é também absolutamente único. Supor dois ou mais Deuses igualmente perfeitos, seria absurdo. Dois Deuses seriam idênticos e então se confundiriam, ou seriam diferentes e então não poderiam ser ambos infinitamente perfeitos. 1Re 8.60; Dt 6.4; Mc 12.29, 32; 1Co 8.6; 1Tm 2.5; Jo 17.3; Ef 4.6.
2 – INFINIDADE E IMENSIDADE: Deus é infinito, isto é, sem limite em seu ser, pois é o ser por si, o ser que existe por sua própria essência. Nada existe além e acima de Deus, que de nada depende e ao qual tudo está subordinado. Ele “habita em luz inacessível” (1Tm 6.16), um Deus de “juízos insondáveis” e cujos caminhos são “inescrutáveis” (Rm 11.33). Deus é infinito, ilimitado, ilimitável. “Acaso sou Deus apenas de perto, diz o Senhor, e não também de longe? Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? Diz o Senhor; porventura não encho eu os céus e a terra? Diz o Senhor” (Jr 23.23-24). “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá”. Sl 139.7-10
3 – ETERNIDADE: Sendo infinito, Deus não tem começo nem fim. Só possuem duração limitada os seres imperfeitos. Deus, sendo infinitamente perfeito, é eterno. Não tem passado, futuro, nem presente. A eternidade é um atributo relacionado com a imutabilidade de Deus nos aspecto que o tempo não pode acrescentar ou tirar alguma coisa d'Ele, não pode aumentar nem diminuir o Seu conhecimento. Ele, porém, percebe os acontecimentos no tempo e age no tempo. “Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração. Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Sl 90.2
4 – INTELIGÊNCIA: Sendo tudo, em Deus, infinito, sua inteligência e sua ciência são também infinitas. Para saber, Ele não precisa raciocinar. Tudo vê e conhece. “... quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?”
5 – VONTADE: A vontade divina não possui limites e é livre de todo obstáculo. Deus basta querer para fazer. Age com absoluta independência e sem contradição. “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” Dn 4.35.
6 – SABEDORIA: A inteligência infinitamente perfeita de Deus gera a sabedoria absoluta que O faz empregar os meios mais eficazes para os fins mais dignos. Deus Tudo governa com inteligência, segurança e ordem.
7 – BONDADE: Deus é amor infinito e perfeito. Deus é bom em si mesmo; absolutamente nada lhe pode ser acrescentado ou melhorado, pois ele não é incompleto ou defeituoso. Ele é o Sumo bem para suas criaturas; a fonte de todo bem. Sua bondade se manifesta para todas as suas criaturas, pois é a perfeição que o leva a tratar benévolo e generosamente todas as suas criaturas. Este atributo de Deus implica que Ele é o parâmetro definitivo do que é bom, e tudo o que Ele é e faz é digno de aprovação. Gn 1.31; Sl 145.9, 15-16; Sl 100.5; Sl 106.1; Lc 18.18-19; Rm 12.2; Tg 1.17; 1Jo 1.5; At 14.17.
8 – JUSTIÇA: Sendo em grau infinito, inteligente, sábio e bom, Deus é justo. Possuindo santidade absoluta que é ordem do amor, Ele age com justiça infinitamente perfeita. Por isso, pune o mal e recompensa o bem. Deus sempre age segundo o que é justo, e que Ele mesmo é o parâmetro definitivo do que é justo. Dt 32.4: “Ele é a Rocha; suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são justos; Deus é fiel e sem iniqüidade; justo e reto é ele”. Outras referências: Ed 9.15; Ne 9.8; Sl 119.137; 145.17; Jr 12.1; Lm 2.29; 3.4; Ap 16.5; Dt 32.4; Rm 3.25-26; Jó 40.2,8; Rm 9.20,21.
9 – AUTO-EXISTÊNCIA: Esta é uma característica unicamente de Deus. “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma cousa precisasse; pois Ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” Atos 17.24-25). Deus é auto-suficiente. Ele não precisa de nada nem de ninguém para ser que é ou fazer o que fez e faz. Deus é absolutamente independente de tudo fora de Si, mesmo para continuidade e perpetuidade de seu Ser. Deus é a causa de todas as coisas, sem ser causado.
10 – IMUTABILIDADE OU INALTERABILIDADE: Toda mudança constitui um progresso ou uma decadência. Só mudam e se transformam os seres imperfeitos. Sendo necessariamente perfeito, Deus é imutável, isto é, permanece idêntico a si mesmo, sem nenhuma mudança ou variação. (Ap 22.13; Is 44.6). É o mesmo Deus, único e verdadeiro. Ele não somente é; Ele é o que é, sempre. Nada muda n’Ele. (Hb 1.10-12). “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança”. Tg 1.17. “Porque eu, o Senhor, não mudo”. Ml 3.6
11 – ONIPRESENÇA: Deus não tem tamanho nem dimensões espaciais e está presente em cada ponto no espaço com todo o seu ser; Ele porém, age de modos diversos em lugares diferentes. Deus não está em todos os lugares no mesmo sentido; isto é, a manifestação d’Ele é maior nos céus sua habitação, porém sua manifestação no inferno se dá de maneira punitiva, por exemplo. Deus não tem dimensões espaciais, Ele é o nosso ambiente mais próximo. Seu centro está em todos os lugares; Sua circunferência não está em lugar algum. “Sou eu apenas Deus de perto, diz o Senhor, e não também Deus de longe? Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o Senhor. Porventura não encho eu o céu e a terra? diz o Senhor”. Jr. 23.23-24 e ainda Sl. 139.7-10
12 – PRESCIÊNCIA: Se olharmos pelo aspecto em que a palavra “presciência” na Bíblia é empregada, não no sentido de prever eventos ou ações das pessoas, mas, sim, que está relacionada com o conhecimento prévio que Deus tem das pessoas. A presciência de Deus não é causativa, antes Deus conhece de antemão o que será porque Ele decretou o que há de ser. Então concluímos que Deus conhece as pessoas que Ele mesmo elegeu. Rm 8.28-29; 1Pe 1.2. A palavra “presciência” em grego: “prognosis”, não significa apenas “conhecer antes”. Quando este termo é usado com relação a Deus significa frequentemente “olhar com amor”. “Rebeldes fostes contra o SENHOR, desde o dia em que vos conheci”. Dt 9.24. “De todas as famílias da terra, somente a vós outros conheci (escolhi); portanto, eu vos punirei por todas as vossas iniqüidades”. Am 3.2 (grifo nosso). “Conhecer” significa amar. “Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”. Mt 7.23. (Jo 10.14; 1Co 8.3; 2Tm 2.19; Rm 8.29-30; 11.22).
13 – SOBERANIA OU SUPREMACIA: Deus o supremo criador do universo não pode e jamais será influenciado por qualquer atitude humana ou evento de sua criação. Deus a tudo controla e tem o domínio eternamente sobre a vontade dos homens, dos seres celestiais e sobre todo o restante de sua criação. “Tua é, ó Senhor, a grandeza, e o poder, e a glória, e a vitória, e a majestade, porque teu é tudo quanto há no céu e na terra; teu é, ó Senhor, o reino, e tu te exaltaste como chefe sobre todos”. 1Cr 29.11 Como bem expressa A. W. Pink:
● Deus é soberano no exercício de Seu poder – Ex 17.16; 1Cr 29.11-12; Dn 2.22-21.

● Deus é soberano na delegação de Seu poder a outros – Dt 8.18; Sl 29.11; Dn 2.23.

● Deus é soberano no exercício de Sua misericórdia – João 5.1-9.

● Deus é soberano no exercício de Sua graça – Rm 9.19-24; Rm 11.5-6; Ef 2.4-10.

● Deus é soberano no domínio das nações – 2Cr 20.6; Sl 10.16; Ap 19.6; Pv 21.1; Dn 4.35.

14 – SANTIDADE: A santidade de Deus traça o padrão que seu povo deve imitar. “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sereis santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”. Lv 19.2 O Deus bíblico é tanto santo como amoroso, em unidade inseparável em cada pessoa da Triunidade. A santidade de Deus é central em seu ser, sendo especialmente destacada no Antigo Testamento (Lv 11.44; 19.2; Js 24.19; 1Sm 6.20; Sl 22.3; Is 57.15). A santidade de Deus indica que ele é absolutamente puro e perfeito, sem qualquer pecado ou maldade; seu próprio ser é o resplendor e o derramamento da pureza, da verdade, da justiça, da retidão, da bondade e de toda perfeição moral.
15 – IRA: Deus odeia intensamente o pecado, e isto está associado à santidade e a justiça de Deus. Ele se opõe a tudo que vai contra o seu caráter moral. “Lembrai-vos e não vos esqueçais de muito provocastes à ira do Senhor, vosso Deus no deserto; desde o dia em que saíste da terra do Egito, até que chegaste a este lugar, foste rebelde contra o Senhor; pois, em Horebe, tanto provocastes a ira ao Senhor, que a ira do Senhor se acendeu contra vós para vos destruir” (Dt 9.7-8) Um exemplo da ira divina encontra-se na execução do dilúvio nos dias de Noé (Gn 6-8)
16 – ONIPOTÊNCIA: Isto é claramente expresso na pergunta: “Acaso para Deus há coisa demasiadamente difícil?”, feita depois de Deus ter prometido a Abraão e Sara um filho em idade avançada – Gn 18.14, e repetida novamente com sua promessa de restaurar e libertar a Jerusalém face a sua destruição iminente pelo exército babilônico – Jr 32.27. Em ambos os casos a promessa divina foi cumprida à risca. O Novo Testamento contém igualmente um testemunho semelhante quanto à onipotência de Deus. Ele se revela como o Deus para quem “nada é impossível”. (Gn 17.1; 18.14; Sl 24.8; 33.9; 89.13; 115.3; Hb 1.3; Ef 3.20,21; Sl 24.8; Jr 32.27; 2Co 6.18; Ap 1.8; Lc 1.37; Mt 19.26; Tt 1.2; Hb 6.18; 2Tm 2.13; Tg 1.13, 17).
17 – ONISCIÊNCIA: Esta perfeição está intimamente ligada à sua onipresença (Sl 139.1-12). As implicações práticas são semelhantes e perturbadoras, mas trazem ao mesmo tempo segurança: Deus vê e, portanto, tudo sabe. Isso é, em especial, pertinente ao juízo, sendo simbolicamente expresso pela “abertura dos livros” (Ap 20.12).
18 – AMOR: “Deus é amor” (1Jo 4.8) é a definição bíblica mais conhecida de Deus. Nos contextos humanos, porém, o amor inclui uma considerável variedade de atitudes e atos. Em relação a Deus, trata-se de uma idéia muito específica. “Nisto consiste o amor... em que... enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” 1Jo 4.10; “Nisto se manifestou o amor de Deus... em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo” 1Jo 4.9. O termo agapê aqui presente tem comparativamente pouco uso fora do Novo Testamento. A palavra grega comum, eros, fala de um amor associado a alguém digno, enquanto agapê é o amor pelos indignos, por alguém que perdeu todo o direito à devoção do amado. O amor de Deus, agapê, é principalmente expresso na redenção dos pecadores e em tudo que está ligado a isso.
19 – MISERICÓRDIA: É o exercício do amor de Deus para com os aflitos e angustiados. A diferença básica entre graça e misericórdia é que aquela vê os homens pecadores culpados e condenados, concedendo perdão, enquanto que esta os vê miseráveis e necessitados, agindo afetuosamente para com eles, ou seja, concedendo alívio. É proveitoso afirmar que a misericórdia é uma extensão da graça de Deus. (2Sm 24.14; Mt 9.27; 2Co 1.3; Hb 4.16; 2.17; Tg 5.11). “E depois de tudo o que nos tem sucedido por causa das nossas más obras, e da nossa grande culpa, ainda assim tu, ó nosso Deus, nos tens castigado menos do que merecem as nossas iniqüidades, e ainda nos deixaste este remanescente…” Ed 9.13.
20 – PACIÊNCIA: É o poder de controle que Deus exerce sobre si mesmo, agindo complacentemente para com o ímpio, detendo por um tempo o castigo que este merece. Este atributo, ainda que beneficie a criatura, concerne, no entanto a Deus, pois é o poder que ele controla sua ira, adiando o julgamento, continuando a oferecer salvação e graça por longos períodos. Nm 1.3; Sl 86.15; Rm 2.4; 9.22; 1Pe 3.20; 2Pe 3.9; Tg 1.19; Jn 4.21; Sl 103.8-9. Que seria dos “Pedros” se Deus não fosse paciente?

IMPLICAÇÕES DO ESTUDO DOS ATRIBUTOS: De que nos serve sabermos sobre os atributos de Deus? Em que mudaria a nossa vida tudo que estudamos até agora sobre a pessoa de Deus? Além das razões que eu mencionei na introdução, é imprescindível nos dias de hoje que os atributos de Deus estão ligados com a maneira como nós O servimos. Se eu não conheço a Deus como posso adorá-lo? Amá-lo? Servi-lo? Orar? Senão, vejamos:
Se Deus é SINGULAR, então não posso me associar a nenhum outro deus;


Se Deus é INFINITO, então Ele é maior que minha própria vida;


Se Deus é ETERNO, então podemos confiar nEle em qualquer tempo;


Se Deus é INTELIGENTE, então posso confiar em suas decisões a meu respeito;


Se Deus tem VONTADE, então eu preciso descobrir a Sua vontade para minha vida;


Se Deus é SÁBIO, então preciso dEle na minha ignorância;


Se Deus é BOM, então em Suas mãos estarei seguro;


Se Deus é JUSTO, então entregarei a Ele as injustiças por mim sofridas;


Se Deus é AUTO-EXISTENTE, não precisa de mim, mas eu preciso dEle;


Se Deus é IMUTÁVEL, então a minha fé pode descansar em Seu Ser;


Se Deus é ONIPRESENTE, então não preciso fazer peregrinações para locais “santos” para encontrá-Lo;


Se Deus possui PRESCIÊNCIA, então eu sei que Ele me amou antes da fundação do mundo;


Se Deus é SOBERANO, então nada pode pegá-lo de surpresa, até mesmo as piores calamidades;


Se Deus é SANTO, então preciso buscar a santidade, pois Ele me diz: “Sede santo”;


Se Deus se IRA, então preciso entender que não posso pecar contra Ele;


Se Deus é ONIPOTENTE, então porque me preocupo com os meus problemas mais do que deveria?;


Se Deus é ONISCIENTE, então não posso enganá-Lo em momento algum;


Se Deus é AMOR, então posso crer em seu perdão;


Se Deus é MISERICÓRDIA, então eu sei que, embora exista o inferno, ele não é para mim;


Se Deus é PACIENTE, então sabe qual o melhor momento para agir.

Atributos de cada pessoa da trindade na bíblia:

O PAI O FILHO O ESPÍRITO SANTO

Onipresença Jr. 23.24 Ef. 1.20-23 Sl 139.7

Onipotência Gn 17.1 Àp 1.8 Rm 15.19

Onisciência At 15.18 Jo 21.17 1 Co 2.10

Capacidade de criar Gn 1.1 Jo 1.3 Jó 33.4

Eternidade Rm 16.26 Ap. 22.13 Hb 9.14

Santidade Ap 4.8 At 3.14 1 Jo 2.20

Santificador Jo 10.36 He 2.11 1 Pe 1.2

Fonte da Vida Eterna Rm 6.23 Jo 10.28 Gl 6.8

Inspirador dos

Profetas

Hb 1.1 2 Co 13.3 Mc 13.11

Supridor de ministros

à igreja

Jr 3.15 Ef 4.11 At 20.28

Salvador 2 Ts 2.13 Tt 3.4-6 1 Pe 1.2
24 . Crenças Errôneas

Os escolásticos sustentavam que não sabemos o que Deus é em seu Ser essencial, mas podemos saber algo da Sua natureza, daquilo que Ele é para nós, como Ele se revela em seus atributos divinos.
Já os Reformadores, embora concordando em linhas gerais com os escolásticos, rejeitaram a idéia de que é possível adquirir real conhecimento de Deus pela razão humana desajudada, partindo tão somente da revelação geral. Para Calvino, Deus, nas profundezas do seu ser, é insondável. “Sua essência”, diz ele, ”é incompreensível; desse modo, Sua divindade escapa totalmente aos sentidos humanos”. Os Reformadores não negam que o homem possa aprender alguma coisa da natureza de Deus por meio da Sua obra criadora, mas sustentam que ele só pode adquirir verdadeiro conhecimento de Deus por meio da revelação especial, sob a influência iluminadora do Espírito Santo.
Sob a influência da teologia da imanência, de tendência panteísta, inspirada por Hegel e Schleiermacher, a transcendência de Deus é enfraquecida, ignorada ou explicitamente negada. Deus é colocado no nível do mundo, considerado menos incompreensível e é afirmada a realidade de se obter real conhecimento de Deus dentro do âmbito do ser do próprio homem, fora da revelação especial, uma vez que esta é negada.
Barth, como neo-ortodoxo, assinala que não podemos encontrar Deus nem na natureza, nem na história, nem na experiência humana de qualquer espécie, mas somente na revelação especial, que chega até nós na Bíblia.
Os escolásticos afirmavam que a revelação natural fornecia os dados necessários para a construção de uma teologia natural científica pela razão humana; mas, não fornecia o conhecimento dos mistérios como os da Trindade, da encarnação, e da redenção. Este conhecimento é dado pela revelação especial. É um conhecimento não demonstrável racionalmente, mas deve ser aceito pela fé.
Os Reformadores rejeitaram o dualismo dos escolásticos a afirmarem que não criam que a razão humana tenha a capacidade para elaborar um sistema científico de teologia com base na revelação natural pura e simples, isto porque, com a entrada do pecado no mundo, a escrita de Deus na natureza ficou muito obscura, e em alguns dos assuntos mais importantes assuntos, é opaca e ilegível (Rm ). Deus para remediar esta questão, em sua revelação especial, tornou a publicar as verdades da revelação natural, e, em acréscimo a isso, Ele providenciou uma cura para a cegueira espiritual do homem na obra da regeneração e santificação, incluindo iluminação espiritual, e, assim, capacitou o homem mais uma vez a obter verdadeiro conhecimento de Deus, o conhecimento que leva consigo a segurança da vida eterna.
Agnosticismo
Agnosticismo é a postura de acreditar que o conhecimento da existência de Deus é impossível. É freqüentemente oferecido como um meio termo entre o teísmo e o ateísmo.
Compreendido desta forma, o agnosticismo é o ceticismo com respeito a tudo o que seja teológico. O agnóstico sustenta que o conhecimento humano é limitado ao mundo natural, que a mente é incapaz do conhecimento do sobrenatural.
Compreendido assim, um agnóstico poderia também ser um teísta ou um ateu. O primeiro seria chamado de fideísta, alguém que acredita em Deus puramente por fé. O segundo é às vezes acusado pelos teístas de ter fé na inexistência de Deus, mas a acusação é absurda e a expressão não faz sentido. O ateu agnóstico simplesmente não encontra nenhuma razão convincente para acreditar em Deus.
O termo 'agnóstico' foi criado por T. H. Huxley (1825-1895), inspirado por David Hume e Immanuel Kant. Huxley afirma que inventou o termo para descrever o que ele pensava torná-lo único entre seus colegas pensadores:

Eles estavam seguros de ter alcançado uma certa "gnose" -- tinham resolvido de forma mais ou menos bem sucedida o problema da existência, enquanto eu estava bem certo de que não tinha, e estava bastante convicto de que o problema era insolúvel.
'Agnóstico' veio à mente, ele diz, porque o termo era "sugestivamente antitético aos 'gnósticos' da história da Igreja, que professavam saber tanto sobre exatamente as coisas a respeito das quais eu era ignorante...." Huxley parece ter tido a intenção de que o termo significasse que a metafísica é, mais ou menos, bobagem. Em resumo, ele parece ter concordado com a conclusão de Hume no final de Investigação Sobre o Entendimento Humano:
Quando percorrermos bibliotecas, convencidos por esses princípios, que dedução temos que fazer? Se tomarmos nas mãos qualquer volume, de teologia ou metafísica escolástica, por exemplo, perguntemos: Ele contém algum raciocínio abstrato a respeito de quantidades ou números? Não. Contém algum raciocínio experimental a respeito de questões de fato ou existência? Não. Então lancemo-lo às chamas, pois não pode conter nada além de sofismas e ilusões.
A Crítica da Razão Pura de Kant resolveu algumas das principais questões epistemológicas levantadas por Hume, mas ao custo de rejeitar a possibilidade do conhecimento de qualquer coisa além das aparências dos fenômenos. Não podemos conhecer Deus, mas a idéia de Deus é uma necessidade prática, segundo Kant.

Politeísmo

(do grego: Poli, muitos, Théos, deus: muitos deuses) consiste na crença em mais do que uma divindade de gênero masculino, feminino ou indefinido, sendo que cada uma é considerada uma entidade individual e independente com uma personalidade e vontade próprias, governando sobre diversas actividades, áreas, objectos, instituições, elementos naturais e mesmo relações humanas. Ainda em relação às suas esferas de influência, de notar que nem sempre estas se encontram claramente diferenciadas, podendo naturalmente haver uma sobreposição de funções de várias divindades.

O reconhecimento da existência de múltiplos deuses e deusas, no entanto, não equivale necessariamente à adoração de todas as divindades de um ou mais panteões, pois o crente tanto pode adorá-las no seu conjunto, como pode concentrar-se apenas num grupo específico de deidades, determinado por diversas condicionantes como a ocupação do crente, os seus gostos, a experiência pessoal, tradição familiar, etc.

São exemplos de religiões politeístas as da antiga Grécia, Roma, Egipto, Escandinávia, Ibéria, Ilhas Britânicas e regiões eslavas, assim como as suas reconstruções modernas como a Wicca, Xamanismo , Druidismo e ainda o Xintoísmo e as religiões afro-brasileiras
Panteísmo

é uma crença que identifica o universo (em grego: pan,tudo) com Deus (em grego: theos).

A reflexão deve partir de um conhecimento da realidade divina e depois especular sobre a relação entre o divino e o não-divino. A este ponto de vista chama-se panteísmo acósmico. Inversamente, quando a reflexão começa de uma percepção de toda realidade finita, das entidades passíveis de mudança e é dado o nome Deus a sua totalidade, denomina-se panteísmo cósmico.

Etimologicamente falando, o termo panteísmo deriva das palavras gregas pan ("tudo") e teísmo ("crença em deus"), sustentando a idéia da crença em um Deus que está em tudo, ou a de muitos deuses representados pelos múltiplos elementos divinizados da natureza e do universo.

Em diversas culturas panteístas, frequentemente a idéia de um Deus que vive em tudo complementa e coexiste pacificamente com o conceito de múltiplos deuses associados com os diversos elementos da natureza, sendo ambos aspectos do panteísmo.

A principal convicção é que Deus, ou força divina, está presente no mundo e permeia tudo o que nele existe. O divino também pode ser experimentado como algo impessoal, como a alma do mundo, ou um sistema do mundo. O panteísmo costuma ser associado ao misticismo, no qual o objetivo do mortal é alcançar a união com o divino.
Deísmo
Durante o século XVII o protestantismo desenvolveu um sistema ortodoxo de doutrina para ser aceito intelectualmente. Gerando assim um novo escolasticismo, particularmente entre os luteranos da Alemanha, os quais estavam mais interessados na teologia do que na prática da vida cristã.

O racionalismo aparece então, e se desenvolve nos séculos XVII e XVIII, se expressando através do deísmo como resposta a este escolasticismo. O deísmo criou um sistema de fé num Deus transcendente que abandonou sua criação ao governo das leis naturais descobertas pela razão. Deus se torna ausente. Para o deísmo Deus está acima e além da Sua criação.
Seus Ensinos
O deísmo parecia estabelecer uma religião ao mesmo tempo natural e científica. Uma religião sem revelação escrita, enfatiza o céu como uma realidade totalmente distinta da terra com a lei moral. Os deístas ensinavam que as leis naturais da religião eram encontráveis pela razão - era a crença num Deus transcendente entendido como Causa Primeira de uma criação marcada pelas seqüências de um plano. Eles criam que Deus deixou sua criação reger-se por leis naturais; assim, não havia lugar para milagres, nem para a Bíblia como revelação de Deus, nem para providência ou para Cristo como um Deus-homem. Somente Deus deveria ser cultuado pois Cristo era simplesmente um mestre. A piedade e a virtude eram o culto mais importante que se podia prestar a Deus, cujas leis éticas estão na Bíblia. O homem tinha que arrepender-se do erro e viver conforme as leis éticas, pois a alma é imortal e está sujeita a recompensa ou ao castigo depois da morte.

Henoteísmo: É a crença na existência de vários deuses, entretanto apenas um é escolhido como objeto se culto.
Dualismo: É a crença na existência de dois deuses ou forças que são co-eternas, poderosas e que ao mesmo tempo se opõe.