Elias,
heb. Cujo Deus é Jeová.
1)
Profeta, tesbita, morador de Gileade, 1Rs.17:1;
Predisse ao rei Acabe uma grande seca, 1Rs.17:1;
Escondeu-se Junto à torrente de Querite e foi milagrosamente sustentado por corvos, 1Rs.17:5-6;
Ressuscitou o filho duma viúva, 1Rs.17:9;
Enfrentou os profetas de Baal no monte Carmelo, 1Rs.18:20-40;
Repreendeu Acabe, 1Rs.21:19;
Mandou que descesse fogo do céu para consumir os soldados do rei Acazias, 2Rs.1:9-12;
Dividiu as águas do Jordão, 2Rs.2:8;
Subiu ao céu em um carro de fogo, 2Rs.2:11;
Apareceu a Jesus Cristo, na transfiguração, Mt.17:3;
2)
Um benjamita, filho de Jeorão, 1Cr.8:27;
Eliseu, heb. Deus é salvação.
Servo e sucessor de Elias, 2Rs.2:15; 2Rs.3:11;
Dividiu as águas do Jordão, 2Rs.2:14;
Tornou saudáveis as águas de Jericó, 2Rs.2:19;
Duas ursas despedaçaram 42 meninos que zombavam de Eliseu, 2Rs.2:24;
Aumentou o azeite da viúva, 2Rs.4:4;
Reviveu o filho da Sunamita, 2Rs.4:34;
Purificou o cozinhado, 2Rs.4:38;
Multiplicou os pães, 2Rs.4:42;
Curou Naamã da lepra, 2Rs.5:10;
Fêz flutuar um machado, 2Rs.6:6;
Feriu o exército dos sírios, de cegueira, 2Rs.6:18;
Sua morte, 2Rs.13:20;
Um cadáver que tocou os ossos de Eliseu, reviveu, 2Rs.13:21;
Isaías,
O primeiro dos profetas do Antigo Testamento. Durante os 150 anos antes de Isaías, a Assíria desenvolvia e anexava nação após nação ao seu território. Quando Isaías, nasceu, fazia meio século que Israel pagava tributo a essa nação. Quando ainda jovem, ela levou as dez tribos oara o cativeiro Alguns anos depois os assírios invadiram Judá, destruíram 46 cidades muralhadas de Judá e levaram 200 mil cativos. Foi pela oração de Isaías, já velho, e por seu conselho ao rei Ezequias, que Senaqueribe foi vencido, e o anjo do Senhor feriu 185 mil assírios em uma só noite. Assim Isaías vivia e profetizava, durante toda a sua vida, sob a nuvem negra e ameaçadora da Assíria.
Foi autor do livro de Isaías, Is.1:1; Este, o mais ilustre dos profetas, era, conforme a tradição, de sangue real, seu pai Amós sendo um irmão do rei Amazias, e assim ele primo legítimo do rei Uzias, e neto do rei Joás.
Seu nome, que significa Salvação de Deus, compreende bem o seu ministério e mensagem. Chama-se Isaías o profeta messiânico, porque sua vida estava saturada da esperança da vinda do Messias. Vivia tomado pelo pensamento da grandeza e glória da obra que seria feita entre as nações no advento do Cristo.
Suas profecias foram escritas, geralmente, para o tempo futuro. Mas Isaías escreveu algumas de suas poesias proféticas, como se tivesse sido transladado para o futuro, e falava no tom do passado como uma testemunha ocular do que tinha visto.
O profeta Isaías ministrou durante um período de mais ou menos 50 anos.
Isaías é merecidamente conhecido como o profeta evangélico, visto que nos proporciona a mais ampla e clara exposição do evangelho de Jesus Cristo registrada no Antigo Testamento. Semelhante, em determinados aspectos, à epístola aos Romanos no Novo Testamento, Isaías serve de compêndio das grandes doutrinas da era pré-cristã, e se ocupa de quase todos os pontos cardiais na escala da teologia. Acentua de modo especial a doutrina de Deus, sua onipotência, sua onisciência e seu amor redentor. Em confronto com os deuses imaginários dos adoradores pagãos de ídolos, Deus se revela como o verdadeiro Deus, o Soberano Criador do Universo, que ordena todos os acontecimentos da história de acordo com um plano-mestre que ele próprio estabeleceu. Mediante a demonstração de sua autoridade e inspiração de sua Palavra, cumpre maravilhosamente as predições pronunciadas muito antes pelos profetas. Ele é o mantenedor da lei moral, que traz a juízo todas as nações ímpias dos pagãos, inclusive as mais ricas e poderosas dentre elas, e destina-se ao montão de cinzas da eternidade, ao passo que seu povo escolhido vive para lhe glorificar o nome.
É, acima de tudo, o Santo de Israel que Isaías apresenta como o Senhor que o inspirou a profetizar. Em sua qualidade de Santo, exige acima das formalidades da adoração mediante sacrifícios, o sacrifício vivo de uma vida piedosa. Para este fim, apresenta as mais vigorosas persuasões dirigidas à consciência de seu povo, tanto na forma de advertência e apelos proféticos, como nas ameaças de castigo destinadas a levá-los ao arrependimento. Mas, na qualidade do Santo de Israel, apresenta-se como inalteradamente obrigado para com seu povo da aliança, e o fiador fiel de suas misericórdias promessas de perdoar-lhes, quando se arrependerem, e libertá-los do poder do inimigo. Está preparado para resgatá-los dos assaltos de seus arrogantes opressores gentios, e trazê-los, da escravidão e do exílio, para a Terra Prometida.
Entretanto, na análise final, até mesmo os crentes israelitas, instruídos nos ensinos do Antigo Testamento e usufruindo de incomparáveis privilégios de acesso a Deus, demonstram ser inerentemente pecaminosos e incapazes de salvar-se a sí mesmo do mal. Seu livramento final só pode provir do Salvador, do Messias divino e humano. Este Emanuel, nascido de uma virgem, que é o próprio poderoso Rei, estabelecera seu trono como rei de toda a terra, e porá em vigor as exigências da santa lei de Deus, ao estabelecer a paz universal, a bondade e a verdade sobre o mundo todo. Contudo, este Messias soberano obterá o triunfo somente como Servo de Jeová, rejeitado e desprezado por seu próprio povo, oferecendo seu corpo sagrado como expiação pelos pecados deles. Mediante o sofrimento e a morte, libertará a alma não somente dos verdadeiros crentes de Israel como nação, mas também de todos os gentios de terras distantes que abrirem o coração para receberem a verdade. Tanto os judeus como os gentios formarão um rebanho de fé e constituirão os súditos felizes de seu reino milenial, que está destinado a estabelecer o governo de Deus e assegurar a paz de Deus sobre toda a terra.
Autor:
Isaías, filho de Amós, provinha, ao que parece, de uma rica e respeitável família de Jerusalém, visto que não somente se registra o nome de seu pai, mas ainda desfrutava de estreita relação com a família real e com os mais altos funcionários do governo. Embora, talvez, tenha iniciado seu ministério profético no final do reinado de Uzias, menciona o ano da morte deste rei, provavelmente 740 a.C, como a época em que recebeu a unção e incumbência especial de Deus no templo (capítulo 6). Foi-lhe ordenado que pregasse com intrepidez e de modo inflexível uma mensagem de advertência e denúncia contra seu povo, pela impiedade de conduta e pela idolatria, chamando a nação para um sincero arrependimento e reforma. O idólatra rei Acaz odiou-o e criou-lhe obstáculos, mas foi favorecido e respeitado pelo rei Ezequias (716-698 a.C.), o qual, contudo, não levou em conta as advertências do profeta contra a aliança com o Egito, Isaías foi, provavelmente, martirizado pelo rei Manassés, brutal e depravado filho de Ezequias, isso por volta do ano 680 a.C. -
Jeremias,
heb. Jeová estabelece
1)
Filho do sacerdote Hilquias, um dos quatro grandes profetas, escreveu o livro que tem seu nome,
Jr.1:1-19, Jr.2:1;
2)Outros de mesmo nome.
O prolongado ministério de Jeremias, que durou mais de quarenta anos, estendeu-se desde o ano de 625 a.C. até poucos anos depois que Judá deixasse de ser um estado, no ano de 586 A.C. Mais de cinquenta nos de apostasia religiosa sob o reinado de Manassés foram, finalmente, seguidos de uma reforma religiosa no governo de Josias (621-607) a.C.). Jeremias apoiou a reforma com entusiasmo até perceber que o coração do povo não mudava. Dois anos após a morte de Josias, a batalha de Carquemis (605 a.C.) consolidou o domínio babilônico sobre a Ásia Ocidental. A partir daí, Jeremias defendeu a submissão a Babilônia, porém não teve êxito. Por causa da administração dos últimos quatro reis de Judá, dos vinte e um anos de apostasia religiosa e fraqueza política, tornou-se inevitável a queda de Jerusalém no ano de 586 a.C. e o conseqüente exílio.
As angustiosas circunstâncias sob as quais Jeremias trabalhava e a extraordinária extensão com que a idolatria tomara o lugar da religião revelada em Judá manifestam-se com clareza nas predições de Jeremias. Igualmente, a angústia espiritual de Jeremias é causada por esta apostasia. Contudo, não era ele um homem pessimista. Era, essencialmente, guerreiro de Deus, porém um guerreiro que também exercia as funções de atalaia e testemunha. O primeiro capítulo descreve o chamado de Jeremias para o mninistério profético. Os capítulos 2 a 13 capacitam-nos a reconstruir as condições em que ele profetizava, enquanto os capítulos 14 a 33 nos revelam sua consciência de Deus e sua comunhão com ele (leia também 1:1-19). O guerreiro surge, como atalaia de Deus (34:1 - 45:5) e testemunha de Deus (46:1-52:34).
Nos oráculos de Jeremias, Deus, o Governante moral do mundo, é o Deus das alianças de Israel. Por meio de Israel, procurou atingir fins morais. Em realidade, o adultério, pelo assim dizer, do reino setentrional com os baalins obrigou Deus a dar-lhe carta de divórcio, ou seja, mandá-lo para o exílio. Judá, o reino meridional, não tirou proveito da experiência de Israel. Na verdade, superou a Israel na prática de impurezas sexuais, a despeito de rejeitar as acusações de infidelidade religiosa. Portanto, Deus teve de castigá-la.
O arrependimento poderia ter suspenso o processo de divórcio (exílio), apesar de seus adultérios, visto como a graça divina é imensa. Todavia, tão arraigada estava a imoralidade em Judá que a nação não era capaz de corrigir-se moralmente. Aos poucos foram desaparecendo as virtudes sociais. Nem os sacrifícios nem os ritos poderam substituir o arrependimento e a justiça. A espantosa pecaminosidade de Judá significava que o pecado devia ser congênito, por conseguinte, não tinha capacidade moral. Esse pecado nascia de uma natureza pacaminosa. O juízo e o exílio eram inevitáveis. Porém o exílio não era a última palavra.
Voltaria um remanescente para viver sob a administração messiânica, em um ambiente de segurança religiosa e social. O governo justo do Messias sobre um povo reto contribui para explicar a doutrina do novo concerto de Jeremias. As pessoas seriam justas porque teriam o coração renovado. Obedeceriam às leis de Deus de coração espontaneamente. A nova aliança, garantindo o perdão e uma dinâmica espiritual interior, transcederia o legalismo da antiga aliança. Finalmente, pelo sacrifício e morte de Cristo, e mediante a manifestação regeneradora interior do Espírito Santo, a nova aliança se tornaria realidade.
Autor:
Não se observa princípio algum na organização das profecias de Jeremias. Os oráculos sob os últimos cinco reis de Judá não seguem uma linha cronológica. A ordem dos capítulos, no hebraico, difere da ordem da Versão dos Setenta (Septuaginta), e nesta Versão se observam consideráveis omissões, conquanto de escassa importância. Isto nos sugere uma revisão redatorial distinta. Jeremias ditou as profecias e Baruque as escreveu (36:1-8, 32). O Novo Testamento contém numerosas referências a Jeremias.-
Ezequiel, heb. Deus fortalece.
Grande profeta, criado em Jerusalém, sendo provavelmente discípulo de Jeremias. fez parte dos que foram levados cativos para Babilônia, 2Rs.24:11-16;
Enviado por Deus aos filhos de Israel, Ez.2:3;
O Livro de Ezequiel relata a atividade de um profeta durante o exílio na Babilônia. O profeta dirige suas mensagens a seus compatriotas cativos e também ao povo hebreu que ainda reside na Palestina. Ambos os grupos permaneceram obstinados e impenitentes, mesmo depois da captura de Jerusalém levada a cabo pelo rei babilônio Nabucodonosor, e do exílio de Joaquim, rei de Judá, juntamente com uma considerável parte da população no ano de 597 a.C. Portanto, Deus atribuiu a Ezequiel a tarefa de denunciar a casa rebelde de Israel e predizer a destruição de Jerusalém e a deportação de um número ainda maior. Seis anos depois de Ezequiel haver começado a pregar, suas palavras se cumpriram. No ano de 586 a.C., Nabucodonosor destruiu Jerusalém e levou cativos para a Babilônia quase todos os sobreviventes. Mas, a despeito da infidelidade de Israel, Deus mostrou-se misericordioso. Ezequiel recebeu instruções no sentido de proclamar as boas-novas de que o exílio terminaria e Israel recuperaria sua posição de instrumento da salvação de Deus para todos os homens.
A forma pela qual o livro de Ezequiel apresenta esta mensagem de juízo e de promessa distingue-o dos outros livros proféticos do Antigo Testamento. A organização sistemática do conteúdo constitui seu primeiro traço característico. Os primeiros vinte e quatro capítulos representam a acusação e condenação de Israel, com aterradora conseqüencia. Esta perspectiva de juízo, minorada somente por lampejos incidentais de luz, fica compensada na última parte (capítulos 33 a 48) com uma apresentação também conseqüente com o brilhante futuro que Deus tem reservado para seu povo. Estas seções compactas de ameaças e promessas a Israel são separadas por uma série de discursos endereçados às nações estrangeiras, discursos que têm duplo aspecto: pronunciam juízo e castigo sobre os perversos vizinhos de Israel, mas a destruição dos inimigos de Israel constitui também segurança de que não poderão criar obstáculos no cumprimento da promessa de Deus de redimir e restaurar seu povo escolhido.
Outro traço característico do livro de Ezequiel é a forma pela qual expressa não somente a ameaça mas também a promessa. O livro é abundante em visões misteriosas, alegorias ousadas e estranhos atos simbólicos. Estas formas de revelação divina ocorrem aqui com maior freqüencia do que em qualquer outro livro profético, e se acham representadas por uma riqueza de pormenores descritivos. As visões em particular são bizarras, de forma quase grotesca, e portanto de interpretação dificil.
Todavia, o significado fundamental do livro de Ezequiel não escapará ao leitor se levar em conta que a glória de Deus e suas ações de juízo e salvação se acham apresentadas em linguagem e forma simbólicas. Aquilo que Ezequiel vê em visões, que descreve em alegorias e põe em prática numa forma que se assemelha a charadas, tem por objetivo contribuir para a certeza de que Deus leva avante seu plano de salvação para todos os homens aos quais ele havia iniciado neste pacto com Israel séculos antes. Purificado pelos juízos de Deus no exílio babilônio, o povo de Israel se tornaria de novo o veículo das promessas que se cumprirão no novo pacto e no final dos tempos. Tudo isto Ezequiel vê em perspectiva profética, na qual se sobrepõem no mesmo quadro relativo ao reino de Deus futuro e permanente algumas cenas de um futuro imediato e de um futuro distante.
Autor:
A pessoa de Ezequiel se acha tão imersa na mensagem, que além de seu nome, pouco sabemos com referência a ele. Somente dois fatos de caráter biográfico podem deduzir-se do livro: que era filho de Buzi, o sacerdote, e, diferentemente de seu contemporâneo Jeremias. Ezequiel era casado, mas "o desejo dos teus olhos" lhe foi tirado de um golpe, enquanto realizava sua missão por ordem de Deus.
Ezequiel tem sido considerado, com freqüencia, uma pessoa severa, insensível. Tem-se dito que é impessoal, indiferente a seus ouvintes, e só lhe preocupa a vindicação da glória de Deus, mesmo na proclamação da misericórdia. Conquanto seus sentimentos não aflorem à superficie, como no caso de Jeremias, a afirmativa de que ele não é compassivo equivialeria a ir além das evidências. Nem tampouco podem os críticos radicais justificar suas teorias que afirmam que o profeta sofria de ataques catalépticos e de paranóia esquizofrênica. Os atos simbólicos que ele executa e as visões que recebe não são, em essência, diferentes dos que os outros profetas registram.
Ezequiel foi levado para a Babilônia no ano de 597 a.C., e foi chamado para o ministério profético cinco anos mais tarde. Exerceu tal ministério ativamente durante um período de vinte e dois anos, pelo menos (29:17).
Daniel,
heb. Deus é meu juiz.
1) Um filho de Davi, 1Cr.3:1;
2) Um levita, Ed.8:2;
3) O último dos quatro profetas chamados "maiores".
Levado a Babilônia, Dn.1:3-6;
Contemporâneo de Jercmias, Ezequiel, Esdras e de Zorobabel.
Da linhagem real, Dn.1: 3; Educado na corte real Dn.1:4-7;
Firme no seu coração, Dn.1:8-16; Entendido em visões e sonhos, Dn.1:17;
Enterpretou o sonho da grande estátua, Dn.2;
Enterpretou o sonho da grande árvore, Dn 4;
Traduziu o escrito na parede, Dn.5:26-28;
O primeiro dos três presidentes da Pérsia, Dn.6:1;
Guardado dos leões, Dn.6.10-24;
Suas visões, Dn.7; Dn.8; Dn.9; Dn.10;
Sua oração, Dn.9;
Sua devoção. Ez.14:14e20;
Sabedoria, Ez.28:3;
Servia fielmente aos três reis mundiais: Nabucodonozor, Ciro e Dario, morrendo com mais ou menos 88 anos de idade.
Menciona-se em Mt.24:15; Mc.13:14; Hb.11:33;
O livro de Daniel jamais deixou de despertar interesse e de provocar controvérsia nos círculos teológicos. Ao mesmo tempo, cativa os leitores com relatos de heroísmo em tempos de grande perigo e tem servido de consolo a multidão de fiéis seguidores de Deus quando lêem comoventes narrativas de sua presença e bênção.
Os primeiros capítulos de Daniel narram certas experiências dos jovens judeus - Daniel e seus três companheiros - que fazem parte dos cativos judeus na Babilônia no século sexto antes de Cristo. A recusa de serem atraídos pelo mundo pagão em que viviam e os perigos que os ameaçavam por causa de sua fidelidade constituem a essência do drama. Seus livramentos - Daniel da cova dos leões, e Sadraque, Mesaque e Abdnego da fornálha ardente - demonstram o poder e o amor de Deus. Nabucodonosor, orgulhoso e seguro de sua conduta despótica, é humilhado até que reconheça que a providência de Deus governa inclusive a vida do rei. O drama da escritura na parede fez que esta frase seja parte proverbial de nosso idioma hoje. O terrível pecado da arrogância diante de Deus, do qual Belsazar se fez culpado, traz com certeza a derrota e a morte. As seções narrativas do livro, entre as mais famosas da literatura, mantêm nosso interesse não somente pelo drama, mas também por sua vigência toda vez que o materialismo e o paganismo ameaçam envolver os filhos de Deus.
As visões que o livro de Daniel proporciona, quer sejam dadas a governantes pagãos ou ao próprio Daniel, são consideradas por sinceros estudiosos da Bíblia como uma visão prévia do mundo através da história até aos últimos dias. As profecias relativas aos quatro reinos e ao quinto grande reino, o reino de Deus, constituem um quadro da marcha do império. Os quatro reinos formaram-se de acordo com a profecia; o quinto reino espera seu cumprimento por ocasião da segunda vinda de nosso Senhor.
Os grandes temas da profecia de Daniel são assunto de vital solicitude para a igreja na atualidade: a apostasia do povo de Deus, a revelação do homem de iniquidade, a tribulação, a segunda vinda, o milênio e o dia de juízo. Ao abir o livro de Daniel, vemo-nos às voltas com uma interpretação da história que não somente se cumpriu em grande parte, mas que se cumprirá totalmente. Esta certeza é que faz que o livro de Daniel seja de vital e significativa importância na presente época.
Autor:
No terreno histórico, tanto o Judaísmo como o Cristianismo têm incorporado o livro de Daniel no cânon, considerando-o obra autêntica do período acerca do qual afirma falar, isto é, do sexto século antes de Cristo, escrito por Daniel. Não existe base científica de nenhuma
atureza que justifique afastar-se da aceita tradição judaico-cristã, no sentido de que o livro foi escrito no século VI a.C., por Daniel.
Oséias,
heb. Salvação.
O autor do livro é Oséias, filho de Beeri, de Israel. Profundamente influenciado pelo profeta Amós, tragicamente ferido pela terrível infidelidade de sua esposa Gomer, agudamente cônscio dos terríveis pecados de seu próprio povo, sensível à voz de Deus dirigida a um povo pecador, o profeta roga intensamente enquanto procura fazer que o povo infiel volte para seu Deus. É o evangelista divinamente escolhido para persuadir os pecadores empedernidos a que se voltem para um Deus cheio de amor, que está ansioso por perdoar-lhes e salvá-los. O ministério de Oséias estendeu-se por vários anos depois do ano de 746 a.C.
Joel,
heb. Jeová é Deus.
Uma praga de gafanhotos havia devastado a terra de Judá. Enquanto Joel, filho de Petuel, meditava
nesta calamidade, veio-lhe a palavra do Senhor. Transformou-se em um grande profeta que proclamava a seu povo as divinas implicações desta catástrofe. O livro, que traz o seu nome, registra o sermão de Joel nesta ocasião.
O profeta descreve a praga comparando-a a um exército humano que, em seu avanço, deixa atrás de si terra assolada (1:4-12; 2:2-10). Joel sabe que no ataque desta praga Deus estava operando. Sim, é o exército do Senhor (2:11), e o dia da invasão é o dia do Senhor - o dia do juízo de Deus contra um povo pecaminoso (1:15; 2:1, 11). O profeta insta com o povo a que se converta, e ao mesmo tempo expressa a esperança de que Deus se arrependa e se abstenha de castigar (1:14; 2:12-17).
Não há dúvida de que o ministério de Joel teve maior êxito do que o de muitos dos outros profetas, visto como o perdão de Deus (2:18-27) indica que o povo se arrependeu de coração. "E aquele que é do norte (isto é, os gafanhotos) farei partir para longe de vós... E restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto" (2:20, 25) são promessas que o profeta faz em nome de Deus.
Contudo, o sermão de Joel ainda não havia terminado. Havia pela frente juízos ainda mais terríveis para o mundo que não reconhecia a sabedoria de Deus nem tampouco aceitava os padrões comuns de ética das nações pagãs (3:2-8). Deus, misericordiosamente, enviará seu Espírito sobre toda a carne (2:28, 29), porém as nações gentias serão julgadas e castigadas (3:1, 2, 9-16). O povo de Deus será libertado desta ira (2:32). Então Judá e Jerusalém gozarão de maravilhosa prosperidade e serão abençoadas eternamente com a presença divina (3:18-21).
Mediante estas palavras, Joel expressa a esperança humana e a promessa divina de que Deus é soberano neste mundo, e fará que sua vontade se cumpra na terra como no céu. Os reinos deste mundo "vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre" (Apocalipse 11:15).
Autor:
A respeito de Joel, filho de Petuel, nada se sabe em definitivo. Joel significava o Senhor é Deus, e era nome comum, de origem hebraica, no tempo do Antigo Testamento. As numerosas referências que Joel faz acerca de Jerusalém (1:14; 2:1, 15, 32; 3:1, 6, 16, 17, 20, 21) parecem indicar que ele residia nessa cidade.
Não podemos determinar a data da praga dos gafanhotos, a qual constitui o pano de fundo histórico deste livro. Há divergências quanto à data em que foi escrito, embora possamos afirmar que o livro não depende em nada da sua data; sua mensagem se aplica ao homem de nossos dias.
Amós,
heb. Carregador de fardos.
Apesar de não ter sido educado para ser profeta, e ele mesmo disse não ser profeta nem discípulo de profeta; foi chamado por Deus para profetizar ao povo de Israel.
Exerceu seu ministério no tempo de Uzias, rei de Judá e de Jeroboão II, rei de Israel.
A grande proclamação feita no início de sua profecia (1:2) fixa o tom da mensagem de Amós. A voz de Deus, como a de um leão que ruge, será ouvida desde Sião no dia do juízo. Sob o respeitável manto da prosperidade material, Amós põe a descoberto a massa putrefata do formalismo religioso e a corrupção espiritual (5:12, 21). Aponta a total indiferença para com os direitos humanos e para com a pessoa humana (2:6), e assinala a deterioração da moral e da justiça social (2:7, 8). O profeta tinha um remédio para o mal que ameaçava a vida da nação. O homem devia buscar a Deus, devia arrepender-se e estabelecer a justiça a fim de poder viver (5:14, 15). Todavia, para ressaltar o aspecto irremediável da situação, o profeta Amós adverte que os responsáveis pelo mal que açoitava a terra não se "afligiam" pelo desastre que se avizinhava (6:6). Em conseqüência, outra coisa não esperava a Israel senão a destruição (9:1-8). O dia do Senhor não será uma vindicação de Israel, segundo acreditavam algumas pessoas daquele tempo, mas uma confirmação das exigências do caráter moral de Deus contra os que o haviam rejeitado. Somente quando esta verdade fosse reconhecida é que se estabeleceria o esplendor do reino davídico. Porém esse dia era inevitável (9:11-15). A mensagem de Amós é, em grande parte, um "clamor de justiça".
Autor:
Natural de Técoa, local situado a vinte quilômetros ao sul de Jerusalém, Amós era pastor e também cultivava sicômeros (figos silvestres) 1:1; 7:14, 15). Enquanto cuidava do gado, recebeu o chamado de Deus para exercer o ministério profético. Profetizou no reino do norte durante breve período na segunda metade do reinado de Jeroboão II (785-744 a.C.), rei de Israel, e durante o reinado de Uzias (780-740 a.C.), rei de Judá (1:1).
Obadias,
heb. O que adora a Jeová.
Chave: Edom
Este pequeno livro resume o significado da relação de Edom e Israel (Esaú e Jacó) na história da salvação, e ao fazê-lo revela um aspecto do dia do Senhor e do reino de Deus.
Edom, a nação oriunda de Esaú sempre se revelou hostil a Israel, a despeito dos laços fraternais existentes, visto que eram filhos de Isaque. Deus confiou a muitos profetas a mensagem de condenação dirigida contra Edom (Amós, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Malaquias), os quais frenqüentemente chamaram a atenção para o orgulho e para a auto-suficiência de Edom como as raízes de seu pecado. Em Obadias, o profeta parece tomar uma profecia de juízo existente contra Edom (vers. 1-4 e frases incluídas nos vers. 5-9) - talvez o mesmo oráculo que aparece em Jeremias 49:7-22 - e observe-se quão terrivelmente se cumpria e com que justa retribuição. Obadias relaciona, portanto, este castigo particular com o juízo de todas as nações no dia iminente do Senhor, quando o remanescente de Israel que escapou será como esfera de salvação e instrumento do governo de Deus sobre todas as nações.
Embora muitíssimo curta, esta profecia ressalta e exemplifica as verdades fundamentais da revelação bíblica: o governo soberano de Deus que será universalmente reconhecido (v.21); a eleição de Israel, o povo de Deus, para ser abençoado (v. 17b); sua eleição cumprida mediante um remanescente (v. 17a) que será a fortaleza do braço de Deus procedente do monte Sião; a culminância dos propósitos de Deus no dia do Senhor que, enquanto vindica a seu povo e lhe proporciona o júbilo da terra prometida de descanso, condenará os inimigos e opressores, dos quais Edom é aqui um tipo (v. 15).
Embora o livro de Obadias seja somente um dentre os muitos pronunciamentos proféticos relativos a Edom, é conveniente considerá-lo como o ponto de concentração de todas as referências que no Antigo Testamento se fazem concernentes a Edom, visto como não é possível, num comentário desta natureza, tratar de outras passagens pormenorizadamente. Portanto, apresentamos aqui uma lista das principais referências a Edom: Históricas: Gênesis 25-36 (Jacó e Esaú); Números 20:14-21, Deuteronômio 2:1-8 (o período do Êxodo); I Samuel 14:47 (sob Saul); II Samuel 8:14 (sob Davi); II Reis 8:20-22 (sob Jeroão); II Crônicas 20:10-23 (sob Josafá); II Reis 14:7, II Crônicas 25:11-13 (sob Amazias); II Crônicas 28:17 (sob Acaz); Salmos 137:7, Lamentações de Jeremias 4:22 (queda de Jerusalém); Salmos 83:1-6 (geral). Profecias: Isaías11:14; 34; 63:1-6; Jeremias 49:7-22, Ezequiel 25:12-14; 35; Joel 3:19; Amós 1:11-12; Malaquias 1:2-5.
Jonas,
heb. Pomba
1- Jonas Profeta,
Enviado por Deus a Nínive, desobedece, Jn.1:1-2;
Lançado ao mar e engolido por um grande peixe, Jn.2:1-10;
Uma vez que o livro não faz afirmação alguma sobre seu autor, é de supor-se justificadamente que o autor seja o próprio Jonas. Ele é filho de Amitai (1:1), e sem dúvida o mesmo filho de Amitai que profetizou durante o reinado de Jeroboão II (compare-se com II Reis 14:25).
Miquéias,
heb. Quel é semelhante a Jeová?
Profeta contemporêneo de Isaías, Mq.4:1-4; Is.2:2-4;
Os três primeiros capítulos da profecia de Miquéias declaram os juízos de Deus contra Israel e Judá, e o desastre iminente que está à espera dessas nações. Os capítulos 4 e 5 oferecem consolo e esperança em face do que acontecerá no futuro, quando a casa do Senhor for estabelecida sobre os fundamentos de uma paz duradoura; um remanescente voltará para Sião, resgatado do cativeiro na Babilônia; um Libertador procedente de Belém fará que seu remanescente justo se constitua em bênção para a tera; e a terra será purificada da idolatria e da opressão. Os capítulos 6 e 7 declaram o caminho da salvação mediante uma analogia de um pleito ou contenda judicial; o Senhor é o reclamante , Israel o reclamado. Lembrando a seu povo o livramento do Egito, e falando-lhe da natureza da verdadeira adoração, Deus deplora seus tesouros de impiedade e de opressão. Esta declaração se faz seguir pela confissão de culpa da parte de Israel e pela oração, pedindo ao Senhor que volte e pastoreie seu rebanho como o fez no passado.Miquéias termina com uma pergunta: "Quem, ó Deus, é semelhante a ti?". Somente ele pode perdoar e demonstrar compaixão ao povo de sua aliança.
Autor:
Miquéias era natural de Moresete, aldeia localizada perto de Gate, na região setentrional da Filistia, a trinta e cinco quilômetros ao sudoeste de Jerusalém. Provavelmente era agricultor. Seu ministério de profeta abrange o reinado de três reis, desde o ano de 738 até 698 a.C., aproximadamente. Não se menciona o nome de seu pai, razão por que os estudiosos concluem que sua família era de condição humilde. Miquéias é mestre consumado no emprego da poesia clássica hebraica. Defende a causa dos camponeses oprimidos e se põe contra os ricos arrogantes. Seus apelos em favor da verdadeira religião são igualados somente por Tiago (compare 6:6-8 com Tiago 1:27).
Naum,
heb. Consolação.
1) Um profeta, Na.1:1;
Profetizou durante o reinado de Ezequias.
Chave: Sentença contra Nínive
Naum, livro contrastes, descreve o poderoso imperialismo de uma nação despótica e pagã, e declara o triunfo certo e final da justiça e soberania de Deus
A causa imediata da profecia foi a premente questão da justiça de Deus e sua fidelidade às promessas. Assíria, grande potência militar e econômica, havia dominado os destinos das nações limítrofes, inclusive Judá. Ao impor pesados tributos e exigir onerosa escravidão, aquela potência havia transformado Judá em um estado quase vassalo. A fim de proteger-se, Judá estabelecera alianças com outras nações, esquecendo-se da promessa de Deus de que ele protegeria a nação bem como seu povo.
Portanto, era fraca a vida nacional de Judá. Sua vida espiritual enfraquecia-se cada vez mais e sua segurança territorial corria constante perigo por causa das inscursões de hordas procedentes de Nínive. Surgiu, pois, a pergunta: "Esqueceu-se Deus de Judá? Por que prospera esta nação perversa da Assíria enquanto nós sofremos? São vazias as promessas de Deus?" E enquanto Judá não recebia resposta a tais perguntas, a desesperação se apoderava do povo.
De repente, ouviu-se a voz retumbante de Naum, que dizia: "Nínive cairá. Deus preservará seu povo." Esta profecia parecia inacreditável para os de limitada compreensão espiritual. O propósito da profecia era duplo: predizer a destruição de Nínive por causa de seu pecado; e aliviar a aflição e desesperança de Judá, assegurando-lhe que a promessa de Deus é fiel. A profecia tem um único assunto: Nínive cairá, Judá será vindicada.
Em seu estilo literário, o livro é a um tempo poético e profético, harmonizado a vivida linguagem metafórica com o estilo rude e direto da declaração profética. O primeiro capítulo é antes de tudo um salmo, ao passo que os capítulos 2 e 3 são proféticos.
“Naum começa sua mensagem mediante uma declaração intrépida relativa à natureza e que toma vingança, o Senhor toma vingança e é cheio de furor: o Senhor toma vingança contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus inimigos” (1:2). Este tema satura o livro. Considerando que a Assíria pecou ao desprezar a Deus, será totalmente destruída. Judá foi desleal por não confiar implicitamente em Deus, estabelecendo aliança com outras nações. A queda e destruição de Nínive deve ser uma advertência para ela.
A mensagem de Naum é aplicável a todas as eras. Os que com arrogância resistem a Deus e não confiam na sua provisão e cuidado, sentirão inevitavelmente sua ira; os que nele depositam sua fé, esses serão preservados em virtude do amor divino.
Autor:
Pouco sabemos de Naum, excetuando-se o que se nos diz neste breve livro. Seu nome não é mencionado em nenhuma outra parte das Escrituras Sagradas, com a possível exceção da linha genealógica citada em Lucas. Tudo o que dele sabemos é que viveu em Judá, provavelmente em Elcos, localidade que não se pode indicar com certeza, e que foi contemporâneo de Jeremias. A palavra Naum significa consolo.
De acordo com os melhores cálculos, o livro foi escrito por volta do ano de 620 a.C.
Habacuque,
heb. O que abraça.
Profeta, autor do livro que tem o seu nome, Hb.1:1-3;
Provavelmente um levita e cantor no templo, Hb,3:1-19;
Vivia, provavelmente, durante os reinados de Josias, Jeocaz e Jeoaquim, reis de Judá. Sendo assim contemporâneo de Jeremias.
Chave: O justo viverá pela sua fé
Habacuque, o profeta-filósofo, perturba-se com a gravíssima iniqüidade de Judá. Mas, em contraste com seu contemporâneo Jeremias, sente maior solicitude pela aparente relutância de Deus em julgar, do que pela falta de arrependimento do povo. A destruição, a violência e a falta de consideração pelas leis divinas florescem sem que ninguém as refreie (1:2-4), apesar das ardentes rogativas do profeta pedindo a intervenção divina.
Deus responde a Habacuque que dentro em breve ele receberá a resposta; os ferozes e impios caldeus (babilônios) serão a vara de Deus que açoitará a Judá diante dos próprios olhos de Habacuque (1:5, 6).
Em vez de aliviar a carga do profeta, esta resposta torna-a mais pesada, ficando Habacuque angustiado por um novo e mais espinhoso problema: Como pode Deus, cujos olhos são tão puros que não podem contemplar o mal, permanecer em silêncio enquanto uma nação ímpia, sedenta de sangue, destrói uma nação mais justa que ela (1:13)? O profeta procura um lugar solitário para esperar a resposta de Deus (2:1).
A resposta vem mediante uma das mais sublimes declarações das Escrituras Sagradas: o justo pela sua fé (ou fidelidade) viverá; o justo será preservado no dia da angústia, porque dependeu de Deus, o que faz que se possa depender dele; certa e repentina será a retribuição dos invasores cheios de soberba, que compreenderão que a tirania não faz sentido e a idolatria é uma inutilidade (2:6-19). A resposta finaliza com um mandamento de silêncio universal diante do Deus soberano (2:20).
Com a convicção de que a justiça triunfará, o profeta eleva seu coração numa prece rogando a Deus que realiza uma obra portentosa como a que realizara no Êxodo e no monte Sinai (3:2-15). Depois de descrever o majestoso esplendor do Onipotente, Habacuque reafirma sua confiança no Deus de sua salvação, por meio de uma das mais emocionantes confissões que encontramos nas Escrituras Sagradas (3:17-19).
Autor:
Nada se sabe acerca do profeta Habacuque, excetuando-se as qualidades pessoais que podemos discernir em seus escritos. Várias datas têm sido sugeridas para este livro, mas o período mais provável é o que se encontra entre o ano de 605 a.C., data da vitória de Nabucodonosor sobre os egípcios em Carquemis, Síria, e o ano de 597 a.C., quando os exércitos babilônios invadiram Judá.
Sofonias,
heb. Deus ocultou-se.
Profeta, Sf.1:1; Autor do livro que tem o seu nome.
Sofonias, verdadeiro profeta do Senhor, defronta-se com Judá, nação corrupta e ímpia. Embora identificada com o povo escolhido, essa nação não podia perdurar, uma vez que o Senhor é um Deus justo que não faz acepção de pessoas. Distante, ao nordeste, achava-se a poderosa Assíria, que o Senhor utilizaria como seu instrumento para trazer a destruição a Judá. Com esta destruição seria vindicada a justiça do Senhor. Tratava-se, sem dúvida, do dia do Senhor.
Sofonias procura inspirar em seus ouvintes o temor daquele dia, e lhes roga que se arrependam. Mostra que mediante o juízo, Deus demonstraria misericórdia para com aqueles a quem o Senhor tem a intenção de libertar. O remanescente puro, quando for libertado, entoará louvores ao Deus justo que habita em seu meio.
Autor:
Esta breve profecia diz ser a revelação de Sofonias que profetizou depois da ruína de Israel, durante o reinado de Josias. Provavelmente suas mensagens foram pronunciadas antes das reformas de Josias, visto como descrevem um povo desesperadamente mau, que não busca ao Senhor.
Ageu, heb. Festivo.
Muito pouco se conhece sobre o profeta Ageu.
Deus suscitou Ageu, Zacarias e Malaquias para profetizarem entre os 43.260 israelitas que voltaram depois dos 70 anos de cativeiro em Babilônia.
Ageu foi movido por Deus para despertar a conciência do povo, e para estimulá-lo a reconstruir o Templo; pois a reconstrução, já começada com tanto zelo, tinha sido suspensa a 14 anos, pela oposição dos samaritanos.
Seu ardor produziu efeito, e quatro anos depois, o Templo foi acabado e consagrado, Ed.6:15;
A profecia de Ageu, que pertence ao período pós-exílio, é um apelo dirigido às autoridades e ao povo para que retomem a constução do templo, após dezesseis anos de interrupção e atrasos. O profeta é implacável ao expor a opinião falsa, mas predominante, de que a obra de Deus é de caráter secundário e deve esperar até que primeiro se resolvam os problemas econômicos. Demonstra que tais problemas constituem o juízo pelo descuido do primeiro. Quanto tanto os dirigentes como o povo respondem ao seu apelo, assegura-lhes que receberão a ajuda de Deus, anima-os em face de comparações odiosas, e lhes promete melhoria nas circunstâncias materiais agora que se cumpriram a vontade e a obra de Deus.
Termina sua mensagem confirmando a escolha divina do governador Zorobabel, e apontando seu significado messiânico.
Autor: A profecia está cuidadosamente datada (520 a.C.), e indiscutivelmente isto se deve à pena de Ageu, cujo nome traz e a quem se faz referência em associação com Zacarias em Esdras 5:1 e 6:14. Exceto sua parte na reconstrução do templo, nada sabemos de sua vida ou de seu caráter. Seu estilo direto, franco, adapta-se admiravelmente à sua missão prática de censurar e estimular.
Zacarias,
heb. Jeová se lembra.
1- Profeta Zc.1:1;
Zacarias, profeta contemporâneo de Ageu, consagrou-se como este à tarefa de promover a obra do templo. Suas mensagens escritas formam um vínculo significativo entre os profetas anteriores, a cujo ministério faz referências (1:6), e as fases posteriores da obra redentora de Deus acerca da qual seu livro dá eloqüente testemunho. Dessa forma o profeta nos ajuda, mediante um rico conteúdo bíblico, a aguardar com ansiedade o dia em que se estabelecerá por completo o reino de Deus, e encher nosso coração de jubilosa expectação concernente a esse dia.
Autor: Conquanto os oito primeiros capítulos do livro sejam atribuídos a Zacarias, no ano de 520 a.C., a data dos capítulos 9 a 14 é motivo de controvérsia, e muitos negam que Zacarias os tenha escrito. Embora seja difícil chegar a uma conclusão com absoluta certeza, pode afirmar-se que as semelhanças de atitude entre as duas partes nos sugeririam a unidade de origem deste livro. Zacarias, que iniciou seu ministério no ano de 520 a.C., poderia muito bem ter vivido até presenciar as importantes vitórias alcançadas pela Grécia sobre os persas nos anos de 490 a 480 a.C. Essas vitórias poderiam apontar para a futura dominação grega.
Malaquias,
heb. Mensageiro de Deus.
Um profeta, autor do livro que tem seu nome, Ml.1:1;
Como porta-voz de Deus, Malaquias se apresenta em uma das épocas mais decisivas da história. A terra tivera muitos profetas, mas o ambiente cultural que cercava o profeta não trazia as marcas da obra realizada por aqueles homens. Os sacerdotes eram corruptos (1:6 - 2:9), e o povo, salvo algumas exceções, não era melhor (2:10 - 4:3). Deus, porém, ainda governava de seu trono. Era soberano. Era o pai (1:6), o senhor (1:6), o grande rei (1:14), o príncipe celestrial (implícito em 1:8), o doador das alianças e dos mandamentos (2:5; 4:4). Como Deus do Juízo, ele havia causado a desolação de Edom (1:3, 4). Sua maldição recaia sobre os sacerdotes desleais (1:14; 2:2, 3, 9) e sobre os que o haviam roubado (3:9). Cortaria os que se haviam casado com pagãos (2:12). O juízo seria repentino (2:17 - 3:5). O dia do Senhor consumiria os maus (4:1, 3). Entretanto, como Deus da graça, abençoaria o remanescente fiel, visto que uma história de graça respaldava seu amor a Jacó (1:2), sua aliança com Levi (2:4, 5), sua pasciência para com os filhos de Jacó (3:6), seu oferecimento aos que não haviam sido mordomos fiéis (3:10), o livro memorial (3:16), o nascimento do Sol da Justiça (4:2) e a prometida vinda de Elias (4:5, 6). Vinha o dia do Senhor, diz-nos Malaquias. Seria um dia glorioso para os justos (3:16, 17; 4:2, 3), mas um dia de destruição para os iníquos (4:1, 3). Contudo, podem ler-se nas entrelinhas as seguintes palavras: "Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos, pois por que razão morrereis, ó casa de Israel" (Ezequiel 33:11).
Autor: Não se sabe com certreza se Malaquias é o nome de uma pessoa, ou significa antes meu mensageiro, ou um missionário. Acredita-se, contudo, que se trata provavelmente do profeta que escreveu o livro. Malaquias foi, talvez, escrito em torno do ano de 425 a.C., visto como descreve as condições existentes na época da segunda chegada de Neemias a Jerusalém, no ano de 432 a.C.
ótimo estudo
ResponderExcluirótimo estudo
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